ESPERANÇAS E CONSOLAÇÕES
CAPÍTULO II
PENAS E GOZOS FUTUROS
PENAS TEMPORAIS
Trecentésima Quadragésima Quinta Parte
988 – HÁ PESSOAS PARA AS QUAIS A VIDA SE ESCOA NUMA CALMA PERFEITA; QUE NÃO TENDO NECESSIDADE DE FAZER COISA ALGUMA PARA SI MESMAS, ESTÃO ISENTAS DE CUIDADOS. ESSA EXISTÊNCIA FELIZ É UMA PROVA DE QUE ELAS NÃO TÊEM COISA ALGUMA A EXPIAR DE UMA EXISTÊNCIA ANTERIOR?
- Conhece-as bem? Se o crês, enganas-te. Freqüentemente, a calma não é senão aparente. Podem ter escolhido essa existência, mas, quando a deixam, percebem que ela não lhes serviu ao progresso e, então; como o preguiçoso, lamentam o tempo perdido. Sabei bem que o Espírito não pode adquirir conhecimentos e se elevar senão pela atividade; se adormece na negligência, não avança. Ele é semelhante àquele que tem necessidade (segundo vossos usos) de trabalhar e que vai passear ou deitar com a intenção de não fazer coisa alguma. Sabei, também, que cada um terá que prestar conta da inutilidade voluntária de sua existência; essa inutilidade é sempre fatal à felicidade futura. A soma da felicidade futura está em relação da soma do bem que se vez; a da infelicidade está na razão do mal e dos infelizes que se tenham feito.
989 – HÁ PESSOAS QUE, SEM SEREM POSITIVAMENTE MÁS, TORNAM INFELIZES AQUELES QUE AS CERCAM, PELO SEU CARÁTER; QUAL É PARA ELAS A CONSEQÜÊNCIA?
- Essas pessoas, seguramente, não são boas e o expiarão pela visão daqueles que tornaram infelizes, e isso será para elas uma censura. Depois, numa outra existência, suportarão o que fizeram suportar.
CONTINUA AMANHÃ
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