terça-feira, 25 de janeiro de 2011

O LIVRO DOS ESPIRITOS


LIVRO QUARTO


ESPERANÇAS E CONSOLAÇÕES


CAPÍTULO II

PENAS E GOZOS FUTUROS


NADA – VIDA FUTURA


Trecentésima Trigésima Terceira Parte

958 – POR QUE O HOMEM TEM, INSTINTIVAMENTE, HORROR AO NADA?

- Porque o nada não existe.

959 – DE ONDE VEM AO HOMEM O SENTIMENTO INSTINTIVO DA VIDA FUTURA?

- Já o dissemos: antes da sua encarnação, o Espírito conhece todas essas coisas, e a Alma guarda uma vaga lembrança do que sabe e do que viu em seu estado espiritual.

(Em todos os tempos o homem se preocupa com o seu futuro de além-túmulo, e isso é muito natural. Qualquer importância que ele ligue à vida presente, não o pode impedir de considerar quanto ela é curta, e, sobretudo, precária, visto que pode ser cortada a cada instante e ele não está jamais seguro do dia de amanhã. Que se torna depois do instante fatal? A questão é grave, porque não cogita mais de alguns anos, mas da eternidade. Aquele que deve passar longos anos num país estrangeiro se inquieta com a posição que aí terá, pois, não nos preocuparíamos com a que teremos deixando este mundo, visto que é para sempre?)

(A idéia do nada tem alguma coisa que repugna à razão. O homem mais negligente durante sua vida, chegado o momento supremo, se pergunta o que vai tornar-se, e involuntariamente espera.)

(Crer em DEUS sem admitir a vida futura seria um contra-senso. O sentimento de uma existência melhor está no foro íntimo de todos os homens. DEUS não o colocou aì em vão.)

(A vida futura implica a conservação de nossa individualidade depois da morte. Que nos importaria, com efeito, sobreviver ao nosso corpo se nossa essência moral deveria se perder no oceano do infinito? As conseqüências para nós seriam as mesmas que o nada.)

(CONTINUA AMANHÃ)

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