CAPÍTULO I
PENAS E GOZOS TERRESTRES
FELICIDADE E INFELICIDADE RELATIVAS
Trecentésima Vigésima Terceira Parte
932 – POR QUE, NO MUNDO, OS MAUS, TÃO FREQÜENTEMENTE, SOBREPUJAM OS BONS EM INFLUÊNCIA?
- Pela fraqueza dos bons; os maus são intrigantes e audaciosos, os bons são tímidos. Quando estes o quiserem, dominarão.
933 – SE O HOMEM, FREQÜENTEMENTE, É O ARTÍFICE DOS SEUS SOFRIMENTOS MATERIAIS, NÃO OCORRE O MESMO COM OS SOFRIMENTOS MORAIS?
- Mais ainda, porque os sofrimentos materiais, algumas vezes, são independentes da vontade; mas o orgulho ferido, a ambição frustrada, a ansiedade da avareza, a inveja, o ciúme, todas as paixões, em uma palavra, são torturas da alma.
- A inveja e o ciúme! Felizes aqueles que não conhecem esses dois vermes roedores! Com a inveja e o ciúme, não há calma nem repouso possível para aquele que está atacado desse mal; os objetos de sua cobiça, de seu ódio, de seu despeito, se levantam diante dele como fantasmas que não lhe dão alguma trégua e o perseguem até no sono. Os invejosos eos ciumentos estão num estado de febre contínua. Portanto, está aí uma situação desejável e não compreendeis que, com suas paixões, o homem criou para si suplícios voluntários, e a Terra torna-se para ele um verdadeiro inferno.
- A inveja e o ciúme! Felizes aqueles que não conhecem esses dois vermes roedores! Com a inveja e o ciúme, não há calma nem repouso possível para aquele que está atacado desse mal; os objetos de sua cobiça, de seu ódio, de seu despeito, se levantam diante dele como fantasmas que não lhe dão alguma trégua e o perseguem até no sono. Os invejosos eos ciumentos estão num estado de febre contínua. Portanto, está aí uma situação desejável e não compreendeis que, com suas paixões, o homem criou para si suplícios voluntários, e a Terra torna-se para ele um verdadeiro inferno.
(Várias expressões pintam energicamente os efeitos de certas paixões, dize-se: estar inchado de orgulho, morrer de inveja, secar de ciúme ou de despeito, perder com isso a bebida e o alimento, etc. Esse quadro não é senão muito verdadeiro. Algumas vezes mesmo o ciúme não tem objetico determinado. Há pessoas ciumentas por natureza, de tudo que se eleva, de tudo que escapa à linha vulgar, nesse caso, mesmo que não tenham nisso algum interesse direto, mas unicamente porque elas não podem alcançar. Tudo o que parece acima do horizonte as ofusca, e se são a maioria da sociedade, elas querem tudo reconduzir ao seu nível. É o ciúme somado à mediocridade.)
(Freqüentemente, o homem não é infeliz senão pela importância que liga às coisas deste mundo. É a vaidade, a ambição e a cupidez frustradas que fazem sua infelicidade. Se ele se coloca acima do círculo estreito da vida material, se eleva seus pensamentos até o infinito, que é a suia destinação, as vicissitudes da Humanidade lhe parecem, então, mesquinhas e pueris, como as tristezas de uma criança que se aflige com a perda de um brinquedo que representa a sua felicidade suprema.)
(Aquele que não vê felicidade senão na satisfação do orgulho e dos apetites grosseiros, é infeliz quando não os pode satisfazer, ao passo que aquele que nada pede ao supérfluo é feliz com que os olham como calamidade.)
(Falamos do homem civilizado, porque o selvagem, tendo suas necessidades mais limitadas, não tem os mesmos objetos de cobiça e de angustias; sua maneira de ver as coisas é diferente. No estado de civilização, o homem raciocina sua infelicidade e a analisa e, por isso, é por ela mais afetado. Mas pode, também, raciocinar e analisar os meios de consolação. Essa consolação, ele a possui no sentimento cristão que lhe dá a esperança de um futuro melhor, e no Espiritismo que lhe dá a certeza desse futuro.)
(Freqüentemente, o homem não é infeliz senão pela importância que liga às coisas deste mundo. É a vaidade, a ambição e a cupidez frustradas que fazem sua infelicidade. Se ele se coloca acima do círculo estreito da vida material, se eleva seus pensamentos até o infinito, que é a suia destinação, as vicissitudes da Humanidade lhe parecem, então, mesquinhas e pueris, como as tristezas de uma criança que se aflige com a perda de um brinquedo que representa a sua felicidade suprema.)
(Aquele que não vê felicidade senão na satisfação do orgulho e dos apetites grosseiros, é infeliz quando não os pode satisfazer, ao passo que aquele que nada pede ao supérfluo é feliz com que os olham como calamidade.)
(Falamos do homem civilizado, porque o selvagem, tendo suas necessidades mais limitadas, não tem os mesmos objetos de cobiça e de angustias; sua maneira de ver as coisas é diferente. No estado de civilização, o homem raciocina sua infelicidade e a analisa e, por isso, é por ela mais afetado. Mas pode, também, raciocinar e analisar os meios de consolação. Essa consolação, ele a possui no sentimento cristão que lhe dá a esperança de um futuro melhor, e no Espiritismo que lhe dá a certeza desse futuro.)
(CONTINUA AMANHÃ)
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