terça-feira, 11 de janeiro de 2011

O LIVRO DOS ESPIRITOS

LIVRO QUARTO

CAPÍTULO I

PENAS E GOZOS TERRESTRES

FEELICIDADE E INFELICIDADE RELATIVAS


Trecentésima Décima Nona Parte

920 – O HOMEM PODE GOZAR, SOBRE A TERRA, DE FELICIDADE COMPLETA?

- Não, visto que a vida lhe foi dada como prova ou expiação. Mais depende dele amenizar seus males e ser tão feliz quanto se pode ser sobre a Terra.

921 – CONCEBE-SE QUE O HOMEM SERÁ FELIZ SOBRE A TERRA QUANDO A HUMANIDADE ESTIVER TRANSFORMADA; MAS ATÉ LÁ, CADA UM PODE SE GARANTIR UMA FELICIDADE RELATIVA?

- O mais freqüentemente, o homem é o artífice de sua própria infelicidade. Praticando a Lei de DEUS, ele se poupa dos males e chega a uma felicidade tão grande quanto o comporta sua existência grosseira.

(O homem bem compenetrado de sua destinação futura não vê na vida corporal senão uma estada passageira. É para ele uma parada momentânea em má hospedaria. Ele se consola facilmente de alguns desgostos passageiros de uma viagem que deve conduzi-lo a uma posição tanto melhor quanto melhor tenha se preparado.)

(Somos punidos, desde esta vida, pelas infrações às Leis da existência corporal, pelos males que são a conseqüência dessas infrações e de nossos próprios excessos. Se remontarmos, gradativamente, à origem do que chamamos nossas infelicidades terrestres, veremos a estas na maioria das vezes, como conseqüências e um primeiro desvio do caminho reto. Por esse desvio, entramos num mau caminho e, de conseqüência em conseqüência, caímos na infelicidade.)

922 – A FELICIDADE TERRESTRE É RELATIVA À POSIÇÃO DE CADA UM, O QUE BASTA À FELICIDADE DE UM FAZ A INFELICIDADE DE OUTRO. ENTRETANTO, HÁ UMA MEDIDA DE FELICIDADE COMUM A TODOS OS HOMENS?

- Para a vida material, é a posse do necessário; para a vida moral, é a consciência tranqüila e a fé no futuro.

(CONTINUA AMANHÃ)

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