segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

O LIVRO DOS ESPÍRITOS

LIVRO TERCEIRO

AS LEIS MORAIS

CAPÍTULO X

IX – LEI DE LIBERDADE

RESUMO TEÓRICO DA MOTIVAÇÃO DAS AÇÕES DO HOMEM

Duzentéssima Noventésima Sétima Parte

É na morte que o homem está submetido de maneira absoluta a inexorável Lei da Fatalidade, porque não pode fugir à sentença que fixa o termo de sua existência, nem ao gênero de morte que deve interromper-lhe o curso.

Segundo a doutrina vulgar, o homem possuiria todos os instintos em si mesmo e eles proviriam, seja de sua organização física, pela qual não poderia ser responsável, seja de sua própria natureza, na qual pode procurar uma escusa para suas faltas, aos seus próprios olhos, dizendo que isso não é sua falta, desde que foi feito assim. A Doutrina Espírita, evidentemente, é mais moral. Ela admite, no homem, o livre-arbítrio em toda a sua plenitude, e dizendo-lhe que se ele faz o mal, cede a uma sugestão má exterior, deixa-lhe toda a responsabilidade visto que lhe reconhece o poder de resistir, coisa, evidentemente, mais fácil que se tivesse que lutar contra sua própria natureza. Assim, segundo a Doutrina Espírita não há arrastamento irresistível: o homem pode sempre fechar o ouvido à voz oculta que o solicita ao mal em seu foro íntimo, como pode fechá-lo à voz material de quem lhe fala. Ele o pode por sua vontade, pedindo a DEUS a força necessária, e reclamando para isso a assistência dos bons Espíritos. É o que JESUS no0s ensina na prece sublime da Oração Dominical, quando nos faz dizer: “ Não nos deixeis sucumbir à tentação, mas livrai-nos do mal”.

(CONTINUA AMANHÃ)

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