sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

O LIVRO DOS ESPÍRITOS

LIVRO TERCEIRO

AS LEIS MORAIS

CAPÍTULO X

IX – LEI DE LIBERDADE

FATALIDADE

Duzentéssima Octogésima Sétima Parte

851 – HÁ UMA FATALIDADE NOS ACONTECIMENTOS DA VIDA, SEGUNDO O SENTIDO LIGADO A ESSA PALAVRA, QUER DIZER, TODOS OS ACONTECIMENTOS SÃO PREDETERMINADOS? NESSE CASO, EM QUE SE TOMA O LIVRE-ARBÍTRIO?

- A fatalidade não existe senão pela escolha que fez o Espírito, em se encarnado, de suportar tal ou tal prova. Escolhendo, ele faz uma espécie de destino que é a conseqüência mesma da posição em que se encontra. Falo das provas físicas, porque para o que é prova moral e tentações, o Espírito, conservando o seu livre-arbítrio sobre o bem e sobre o mal, é sempre senhor de ceder ou de resistir. Um bom Espírito, vendo-o fraquejar, pode vir em sua ajuda, mas não pode influir sobre ele de maneira a dominar sua vontade. Um Espírito mal, quer dizer, inferior, mostrando-lhe, exagerando-lhe um perigo físico, pode abalá-lo e assustá-lo; mas a vontade do Espírito encarnado não fica menos livre de todos os entraves.

852 – HÁ PESSOAS QUE UMA FATALIDADE PARECE PERSEGUIR, INDEPENDENTEMENTE DE SUA MANEIRA DE AGIR; A INFELICIDADE NÃO ESTÁ NO SEU DESTINO?

- Pode ser que sejam provas que elas devem suportar e que escolheram. Mas, ainda uma vez, levais à conta do destino o que não é o mais freqüentemente, senão a conseqüência de vossa própria falta. Nos males que te afligem, esforça-te para que a tua consciência seja pura, e serás consolado em parte.

(As idéias justas ou falsas que fazemos das coisas nos fazem vencer ou fracassar segundo nosso caráter e nossa posição social. Achamos mais simples e menos humilhante para nosso amor próprio, atribuir, nossos fracassos à sorte ou ao destino, do que à nossa própria falta. Se a influência dos Espíritos contribui para isso algumas vezes, podemos sempre nos subtrair dessa influência, repelindo as idéias que eles nos sugerem, quando elas são más.)

(CONTINUA AMANHÃ)

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