AS LEIS MORAIS
CAPÍTULO IX
VIII – LEI DE IGUALDADE
IGUALDADE DIANTE DO TÚMULO
Duzentéssima Octogésima Parte
823 – DE ONDE VEM O DESEJO DE SE PERPETUAR A MEMÓRIA PELOS MONUMENTOS FÚNEBRES?
- Último ato de orgulho.
- MAS A SUNTUOSIDADE DOS MONUMENTOS FÚNEBRES, FREQÜENTEMENTE, NÃO É DETERMINADA PELOS PARENTES QUE DESEJAM HONRAR A MEMÓRIA DO FALECIDO E NÃO PELO PRÓPRIO FALECIDO?
- Orgulho dos parentes que querem se glorificar a si mesmos. Oh! Sim, não é sempre pelo morto que se fazem todas essas demonstrações; é por amor-próprio e pelo mundo, e para ostentar sua riqueza. Crês que a lembrança de um ser querido seja menos durável no coração do pobre porque ele não pode colocar senão uma flor sobre sua tumba? Crês que o mármore salva do esquecimento aquele que foi inútil sobre a terra?
824 – REPROVEIS DE MANEIRA ABSOLUTA A POMPA DOS FUNERAIS?
- Não; quando honra a memória de um homem de bem, é justa e um bom exemplo.
(O túmulo é o local de encontro de todos os homens. Ali terminam implacavelmente todas as distinções humanas. É em vão que o rico quer perpetuar sua memória por monumentos faustosos. O tempo os destruirá como ao corpo, pois assim quer a Natureza. A lembrança de suas boas e de suas más ações será menos perecível que seu túmulo. A pompa de seus funerais não o lavará de suas torpezas e nem o fará subir um degrau na hierarquia espiritual.)
(CONTINUA AMANHÃ)
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