quarta-feira, 3 de novembro de 2010

O LIVRO DOS ESPÍRITOS

LIVRO TERCEIRO

AS LEIS MORAIS


CAPÍTULO V

V. – LEI DE DESTRUIÇÃO

FLAGELOS DESTRUIDORES


Duzentéssima Qüinquagésima Parte.

737 – COM QUE OBJETIVO DEUS ATINGE A HUMANIDADE POR MEIO DE FLAGELOS DESTRUIDORES?

- Para fazê-la avançar mais depressa. Não vos disse que a destruição é necessária para a regeneração moral dos Espíritos, que adquirem a cada nova existência, um novo grau de perfeição? É preciso ver o fim para lhe apreciar os resultados. Não os julgais senão sob o vosso ponto de vista pessoal e os chamais de flagelos por causo do prejuízo que vos ocasionam. Mas esses transtornos são, freqüentemente, necessários para fazer alcançar, mais prontamente, uma ordem melhor das coisas, e em alguns anos, o que exigiria séculos.

738 – DEUS NÃO PODERIA EMPREGASR, PARA O APRIMORAMENTO DA HUMANIDADE, OUTROS MEIOS SENÃO OS FLAGELOS DESTRUIDORES?

- Sim, e o emprega todos os dias, visto que deu a cada um os meios de progredir pelo conhecimento do bem e do mal. É que o homem não aproveita; é preciso castigá-lo em seu orgulho e fazê-lo sentir sua fraqueza.

- MAS NESSES FLAGELOS, O HOMEM DE BEM SUCUMBE COMO O PERVERSO; ISSO É JUSTO?

- Durante a vida, o homem relaciona tudo com o seu corpo,mas, depois da morte, ele pensas de outra forma e, como já dissemos; a vida do corpo é pouca coisa. Um século do vosso mundo é um relâmpago na eternidade. Portanto, os sofrimentos do que chamais alguns meses ou alguns dias, não são nada, apenas um ensinamento para vós, e que vos servirá no futuro. Os Espíritos, ei9s o mundo real, preexistentes e sobreviventes a tudo, são os filhos de DEUS e o objeto de toda a sua solicitude: Os corpos não são senão os trajes com os quais eles aparecem no mundo. Nas grandes calamidades que dizimam os homens, é como um exército que, durante a guerra, vê seus trajes usados, rasgados ou perdidos. O general tem mais cuidado com seus soldados do que com suas vestes.

- MAS AS VÍTIMAS DESSES FLAGELOS NÃO SÃO MENOS VÍTIMAS?

- Se considerássemos a vida por aquilo que ela é, e o pouco que é com relação ao infinito, se atribuiria menos importância a isso. Essas vítimas encontrarão, em uma outra existência, uma larga compensação aos seus sofrimentos, se elas sabem suportá-los sem murmurar.

(Quer chegue a morte por um flagelo ou por uma causa ordinária, não se pode escapar a ela quando soa a hora da partida; a única diferença é que com isso, no primeiro caso, parte um maior número de uma vez.)

(Se pudéssemos nos elevar, pelo pensamento, de maneira a dominar a Humanidade e abrangê-la inteiramente, esses flagelos tão terríveis não nos pareceriam mais que tempestades passageiras no destino do mundo.)

(CONTINUA AMANHÃ)

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