domingo, 24 de outubro de 2010

O LIVRO DOS ESPÍRITOS

LIVRO TERCEIRO

AS LEIS MORAIS

CAPÍTULO IV

III – LEI DE REPRODUÇÃO

CASAMENTO E CELIBATO

Duzentéssima Quadragésima Parte.

699 – O CELIBATO NÃO É, DA PARTE DE CERTAS PESSOAS, UM SACRIFÍCIO COM O OBJETIVO DE SE DEVOTAR MAIS INTEIRAMENTE AO SERVIÇO DA HUMANIDADE?

- Isso é bem diferente. Eu disse: por egoísmo. Todo sacrifício pessoal é meritório, quando é para o bem; quando maior o sacrifício, maior o mérito.

(DEUS não pode se contradizer, nem achar mau o que fez; não pode ver mérito na violação de sua Lei. Mas se o celibato, por si mesmo, não é um estado meritório, o mesmo não ocorre quando constitui, pela renúncia, às alegrias da família, um sacrifício feito em proveito da Humanidade. Todo sacrifício pessoal com objetivo do bem, e sem dissimulação do egoísmo, eleva o homem acima de sua condição material.)

POLIGAMIA

700 – A IGUALDADE NÚMERICA QUE, MAIS OU MENOS, EXISTE ENTRE OS SEXOS, É UM ÍNDICE DE PROPORÇÃO SEGUNDO O QUAL ELES DEVEM ESTAR UNIDOS?

- Sim, porque tudo tem um fim na Natureza.

701 – QUAL DAS DUAS, A POLIGAMIA OU A MONOGAMIA, ESTÁ MAIS CONFORME COM A LEI NATURAL?

- A poligamia é uma Lei humana, cuja abolição marca um progresso social. O casamento, segundo os objetivos de DEUS, deve ser fundado sobre a afeição dos seres que se unem. Com a poligamia não há afeição real, mas sensualidade.

(Se a poligamia fosse segundo a Lei natural, ela deveria poder ser Universal, o que seria materialmente impossível, visto a igualdade numérica dos sexos.)

(A poligamia deve ser considerada como um uso ou uma legislação particular, apropriada a certos meios, e que o aperfeiçoamento social faz, pouco a pouco, desaparecer.)

(CONTINUA AMANHÃ)

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