AS LEIS MORAIS
CAPÍTULO III
II – LEI DO TRABALHO
NECESSIDADE DO TRABALHO
Duzentéssima Trigésima Quarta Parte.
678 – NOS MUNDOS MAIS APERFEIÇOADOS, O HOMEM ESTÁ SUBMETIDO ÀMESMA NECESSIDADE DO TRABALHO?
- A natureza do trabalho é relativa à natureza das necessidades. Quanto menos as necessidades são materiais, menos o trabalho é material. Mas não creiais, com isso, que o homem fica inativo: a ociosidade seria um suplício em lugar de ser um benefício.
679 – O HOMEM QUE POSSUI BENS SUFICIENTES PARA ASSEGURAR SUA EXISTÊNCIA ESTÁ ISENTO DA LEI DO TRABALHO?
- Do trabalho material, talvez, mas não da obrigação de se tornar útil segundo suas possibilidades, de aperfeiçoar sua inteligência ou a dos outros, o que é também um trabalho. Se o homem a quem DEUS distribuiu bens suficientes para assegurar a sua existência não está forçado a se sustentar com o suor de sua fronte, a obrigação de ser útil aos seus semelhantes é tanto maior para ele quanto o seu adiantamento lhe dá mais oportunidade para fazer o bem.
680 – NÃO HÁ HOMENS QUE SÃO INCAPAZES PARA O TRABALHO, QUALQUER QUE SEJA, E CUJA EXISTÊNCIA É INÚTIL?
- Deus é justo e não condena senão aquele cuja existência é voluntariamente inútil e vive na dependência do trabalho dos outros. Ele quer que cada um se torne útil, segundo suas faculdades.
681 – A LEI NATURAL IMPÕE AOS FILHOS A OBRIGAÇÃO DE TRABALHAR POR SEUS PAIS?
- Certamente, como os pais devem trabalhar pelos seus filhos e é por isso que DEUS fez do amor filial e do amor paternal um sentimento natural, a fim de que, por essa afeição recíproca, os membros de uma mesma família fossem levados a se entre ajudarem mutuamente, o que é, muito freqüente, desconhecido na vossa sociedade atual.
(CONTINUA AMANHÃ)
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