sábado, 24 de abril de 2010

O LIVRO DOS ESPIRITOS


LIVRO SEGUNDO

CAPÍTULO IV

PLURALIDADE DAS EXISTÊNCIAS

ENCARNAÇÃO NOS DIFERENTES MUNDOS


Sexagésima Quarta Parte

187 – A SUBSTÂNCIA DO PERISPÍRITO É A MESMA EM TODOS OS MUNDOS?

- Não; ela é mais ou menos etérea. Passando de um mundo para outro o Espírito se reveste da matéria própria de cada um, com mais rapidez que um relâmpago.

188 – OS ESPÍRITOS PUROS HABITAM MUNDOS ESPECIAIS OU ESTÃO NO ESPAÇO UNIVERSAL SEM ESTAREM MAIS LIGADOS A UM MUNDO QUE A OUTRO?

- Os Espíritos puros habitam certos mundos, mas não estão confinados neles como os homens sobre a Terra; eles podem, melhor que os outros, estar por toda parte. (1)

(1) – Segundo os Espíritos, de todos os globos que compõem o nosso sistema planetário, a Terra é um daqueles onde os Espíritos são os menos avançados, física e moralmente. Marte seria ainda inferior a Júpiter, o mais superior em relação a todos. O Sol não seria um mundo habitado por seres corporais, mas um local de reunião dos Espíritos superiores que, de lãs, irradiam seus pensamentos para outros mundos, que dirigem por intermédio dos Espíritos menos elevados, transmitindo-os a estes, por intermédio do fluido universal. Como constituição física, o Sol seria um foco de eletricidade. Todos os sóis parecem estar numa posição idêntica.

O volume e a distância que estão do Sol não têm nenhuma relação necessária com o grau de adiantamento dos mundos, pois parece que Venus è mais adiantado que a Terra, e Saturno menos adiantado que Júpiter.

Vários Espíritos que animaram pessoas conhecidas sobre a Terra, disseram estar encantados em Júpiter, um dos mundos mais próximos da perfeição, e ficaram admirados de ver, nesse globo tão adiantado, homens que, na opinião do nosso mundo, não eram tão elevados. Isso não deve causar admiração, se considerarmos que certos Espíritos que habitam aquele planeta podiam ter sido enviados à Terra para cumprir uma missão, que, aos nossos olhos, não os colocava em primeiro plano; em segundo lugar que, entre a existência que viveram na Terra e a que vivem em Júpiter, devem ter tido outras intermediárias, nas quais se melhoraram; em terceiro lugar, que nesse mundo, como no nosso, existem diferentes graus de adiantamento e que, entre esses graus, pode haver a mesma distância que separa, entre nós, o selvagem do homem civilizado. Assim, do fato de habitarem Júpiter não se segue que estão no nível dos seres mais avançados, da mesma forma que não se está ao mesmo nível de um sábio do Instituto, só porque se habita em Paris.

As condições de longevidade não são, também, em toda parte as mesmas de sobre a Terra e a idade não se pode comparar. Uma pessoa desencarnada havia alguns anos, sendo evocada, disse estar encarnada há seis meses num mundo cujo nome nos é desconhecido, Interrogada sobre a idade que tinha esse mundo, respondeu: “Não posso avaliá-la porque não contamos o tempo como vós; depois o nosso modo de vida não é o mesmo, desenvolvemo-nos com muito maior rapidez; embora não faça mais que seis dos vossos meses que lá estou, quanto a inteligência, posso dizer que tenho trinta anos da idade que tive sobre a Terra.”

Muitas respostas análogas nos foram dados por outros Espíritos e isso nada tem de inacreditável. Não vemos sobre a Terra um grande número de animais adquirir, em poucos meses o seu desenvolvimento normal? Por que não poderia ocorrer a mesma coisa com o homem de outras esferas? Notemos, por outro lado, que o desenvolvimento alcançado pelo homem na Terra, na idade de trinta anos, pode ser uma espécie de infância comparado àquele que deve alcançar. Bem curto de vista se revela quem nos toma em tudo por protótipos da Criação, e é rebaixar a Divindade acreditar-se que, fora o homem, nada mais seja possível a DEUS.

(CONTINUA AMANHÃ)

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