segunda-feira, 19 de abril de 2010

O LIVRO DOS ESPIRITOS

LIVRO SEGUNDO

CAPÍTULO IV

PLURALIDADE DAS EXISTÊNCIAS

JUSTIÇA DA REENCARNAÇÃO


Qüinquagésima Nona Parte

171- SOBRE O QUE ESTÁ BASEADO O DOGMA DA REENCARNAÇÃO?

- Sobre a justiça de DEUS e a revelação, pois, repetimos sempre: Um bom pai deixa sempre aos seus filhos uma porta aberta ao arrependimento. Não lhe diz a razão que seria injusto privar para sempre. Da felicidade eterna, todos aqueles cujo progresso não dependeu deles mesmos? Não são todos os homens filhos de DEUS? Somente entre os egoístas se encontram a iniqüidade, o ódio implacável e os castigos sem perdão.

(Todos os Espíritos tendem à perfeição e DEUS lhes fornece os meios pelas provas da vida corpórea; mas, em sua justiça, lhes faculta realizar, em novas existências, O QUE NÃO PUDERAM FAZER OU CONCLUIR NUMA PRIMEIRA PROVA.)

(Não estaria de acordo com a eqüidade, nem com a bondade de DEUS, castigar para sempre aqueles que encontraram obstáculos ao seu progresso, independentemente da sua vontade, no próprio meio onde foram colocados. Se o destino do homem está irrevogavelmente fixado após a sua morte, DEUS não teria pesado as ações de todos na mesma balança, e não os teria tratado com imparcialidade.)

(A Doutrina da reencarnação, isto é, aquela que admite para o homem várias existências sucessivas, é a única que responde à idéia que fazemos da justiça de DEUS em relação aos homens colocados em uma condição moral inferior, a única que nos explica o futuro e fundamenta nossas esperanças, pois que nos oferece o meio de resgatar nossos erros através de novas provas. A razão indica essa Doutrina e os Espíritos no-la ensinam.)

(O homem, consciente da sua inferioridade, tem na Doutrina da reencarnação, uma esperança consoladora. Se acredita na Justiça de DEUS, não pode esperar, por toda a eternidade, estar em pé de igualdade com aqueles que agiram melhor do que ele. O pensamento de que essa inferioridade não o deserdará para sempre do bem supremo, e que ele poderá superá-la por meio de novos esforços, o sustenta e lhe reanima a coragem. Qual é aquele que, no fim do seu caminho, não lamenta ter adquirido muito tarde uma experiência que não pode mais aproveitar? Essa experiência tardia não ficará perdida; ele a aproveitará numa nova existência.)

(CONTINUA AMANHÃ)

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