sexta-feira, 30 de abril de 2010

CRÔNICA DO MÊS

CHICO XAVIER

Neste mês de abril estamos comemorando um século do nascimento de FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER, mais conhecido por CHICO XAVIER, considerado o médium do século XX e o maior psicógrafo de todos os tempos, nasceu em Pedro Leopoldo, pequena cidade do Estado de Minas Gerais, no dia 2 de abril de 1910 e desencarnau em 30 de junho de 2002.

Filho de um operário pobre e inculto, João Cândido Xavier, e de uma lavadeira chamada Maria João de Deus, falecida em 1915, quando Chico Xavier contava apenas com cinco anos de idade. Tinha mais oito irmãos, que a morte de sua mãe, foram todos distribuídos por vários familiares e pessoas amigas.

Como órfão de mãe, Chico sofreu muito em casa de pessoas de precária sensibilidade.
O Senhor João Cândido Xavier, seu pai, casou, novamente, com a Sra. Cidália, que num gesto muito nobre, fez questão de reunir todos os filhos do primeiro casamento e lhe dando depois mais cinco filhos.

Aos nove anos, já morando com D. Cidália, o seu pai empregou-o como aprendiz numa indústria de fiação e tecelagem. De manhã, até as onze horas, freqüentava a Escola Primária Pública, depois trabalhava na Fábrica até as duas horas da madrugada. Aprendeu mal a lêr e a escrever. Quando concluiu o precário curso, na Escola Pública, empregou-se como caixeiro numa loja e mais tarde como ajudante de cozinha e café.

Em 1935 ingressou no Serviço Público (Fazenda Modelo do Ministério da Agricultura), tendo trabalhado, como Escrevente Datilógrafo, até finais dos anos cinqüenta, quando foi aposentado por invalidez (doença incurável nos olhos). Tão logo se aposentou foi morar em Uberaba-MG, onde ficou até o seu desencarne.

As suas faculdades mediúnicas eram extraordinárias. Sua mediunidade manifestou-se quando tinha apenas quatro anos de idade, pela Clarividência e Clariaudiência, ou seja, via e ouvia os Espíritos e conversava com eles, como conversava com as pessoas “vivas”.
Aos dezessete anos, fundou o Grupo Espírita Luiz Gonzaga, onde rapidamente desenvolveu a psicografia. Nesta mesma época se desligou da Igreja Católica, onde deu os primeiros passos na espiritualidade, mas onde não encontrava explicação para os fenômenos que se passavam com ele. Na Doutrina Espírita encontrou todas as respostas para suas dúvidas.

Enquanto encarnado, CHICO XAVIER foi o médium representante, porta voz, dos Espíritos de Emmanuel, e André Luiz. A maioria de suas obras, mais de quatrocentas, foram psicografias dessas Entidades.

Entre as muitas dezenas de obras mediúnicas de EMMANUEL, destacamos os cinco documentos históricos, retirados do plano espiritual, que constituem autênticas obras primas da literatura e que nos mostram o nascimento do cristianismo e a sua paulatina adulteração logo nos primeiros séculos da era. São os romances mediúnicos baseados em fatos verídicos:
HÁ 2000 ANOS... (A autobiografia de Emmanuel, a história do orgulhoso senador romano Público Lentalus) – 50 ANOS DEPOIS – AVE CRISTO – RENÚNCIA E ESTEVÃO (A história de um coração extraordinário, que se levantou das lutas humanas para seguir os passos do Mestre, num esforço incessante).

Esta última obra, de 553 páginas, por si só justificaria a missão mediúnica de Chico Xavier, segundo o erudito J. Herculano Pires.

De André Luiz, destacamos a obra: “NOSSO LAR” (nome de uma cidade do plano espiritual), hoje traduzido em vários idiomas, entre eles o Japonês e o Esperanto e que já está na 40ª edição, em Português, com mais de 800.000 exemplares editados.
Há de registramos, também, que várias centenas de instituições de solidariedade social foram criadas e inspiradas no seu exemplo e obra: orfanatos, escolas para pobres, lares de deficientes, sopas para os pobres, campanhas do quilo, ambulatórios médicos, alfabetização de adultos, bibliotecas, etc.

Antes de encerramos estas notas gostaríamos de registrar, ainda, o seu ponto de vista em relação às outras doutrinas, filosofias e ideologias, aliás, que são a do próprio Espiritismo, mas passemos-lhe novamente a palavra:

“Nosso amigo espiritual, EMMANUEL, nos aconselha a respeitar crenças, preconceitos, pontos de vista e normas de quaisquer criaturas que não pensem como nós, mas adverte-nos que temos deveres intransferíveis para com a Doutrina Espírita e que precisamos guardar-lhe a limpidez e a simplicidade com dedicação sem intransigências e zelo sem fanatismo.

CHICO XAVIER NASCEU POBRE E HUMILDE, VIVEU POBRE E HUMILDE E, MORREU POBRE E HUMILDE.

Haroldo Freitas

Nenhum comentário: