segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

O LIVRO DOS ESPÍRITOS

UMA OBRA DE EDUCAÇÃO

Ler o livro inaugural da DOUTRINA ESPÍRITA com olhos pedagógicos nos faz entrever o quanto se trata de uma obra que rompe dos paradigmas, revoluciona a história e propõe um novo projeto para a humanidade.

A DOUTRINA ESPÍRITA posta por KARDEC, é uma idéia educativa, universal e democrática, visando a transformação intelecto-moral de todas as criaturas.

Por Dora Incontri

Segunda Parte


DEMOCRACIA PEDAGÓGICA

Como Hippolyte Léon Denizard Rivail, Kardec, o discípulo de Pestalozzi, foi militante ativo da democratização da educação na França. Na linha dos grandes educadores – que vem desde Comenius – Rivail lutava pela escola paras todos, pelo acesso popular ao conhecimento, tanto que escreveu textos a respeito e dava cursos gratuitos de Física, Química, Gramática e outras disciplinas, em sua própria casa.
Como Allan Kardec, Rivail trabalhou por uma democracia do conhecimento espiritual, com a qual rompia com a mais antiga e institucionalizada casta de todos os tempos – a do sacerdócio organizado -, entregando aos indivíduos e aos grupos livres, que poderiam se reunir apenas por afinidade, a gestão de seu contato com o mundo espiritual.

Vê-se que essa democratização se dá na própria constituição do Espiritismo. Numa sociedade de herança católica como a Francesa, onde a mulher estava alijada das manifestações espirituais (até hoje o sacerdócio católico é exclusivamente masculino) e onde crianças e adolescentes tinham pouco valor social (isto ainda é válido em nossa sociedade), O LIVRO DOS ESPÍRITOS foi captado por duas meninas adolescentes de 14 e 16 anos, as senhoritas Baudin. Uma das médiuns principais de Kardec foi Ermance Dufaux, que aos 14anos publicou seu famoso livro Joanna D’Arc por Ela Mesma.

(continua amanha)

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