sábado, 16 de janeiro de 2010

A ARTE DE REFLETIR

POUCOS FORAM OS QUE SE DEDICARAM À DIVULGAÇÃO DO ESPIRITISMO COMO DEOLINDO AMORIM.
O QUE O FAZ SER LEMBRADO ATÉ HOJE, NÃO COMO JORNALISTA E EDUCADOR QUE FOI, MAS COMO UM PIONEIRO NA DISSEMINAÇÃO DA DOUTRINA ESPIRITA.
SEU MAIOR FEITO FOI REFLETIR PARAS TRANSFORMAR.

Por Vivian Palmeira

Segunda Parte


O AUTOR ESPIRITUAL

Deolindo Amorim foi um pioneiro em tudo o que empreendeu, tanto na vida como depois dela. Além de jornalistas e educador, no meio espírita ficou conhecido como um dos grandes divulgadores da Doutrina. Mas antes de conhecer o Espiritismo, foi adepto do Protestantismo, doutrina cristã que surgiu após a Reforma religiosa do século XVI, dividindo a Igreja Católica em várias ramificações.

Nascido no município de Baixa Grande, na Bahia, em 23 de janeiro de 1906, Deolindo Amorim migrou para a cidade do Rio de Janeiro, onde se alistou no serviço militar. Desde jovem sonhava em ser jornalista e mesmo não tendo muito estudo, porém, grande competência e talento, conseguiu uma vaga de colunista e revisor de textos no “Jornal do Comércio”. A partir daí passou a escrever também para o “Digesto Econômico”, Gazeta Judiciária e para a Revista do Instituto Histórico e Geográfico da Bahia.

Foi após a leitura do livro “O porquê da vida”, escrito por Leon Denis (1846-1927), que Deolindo aderiu ao Espiritismo, tornando-se seu grande defensor. E foi com a função de jornalista que deu ampla contribuição à divulgação da Doutrina Espírita, escrevendo para inúmeros periódicos, como a Revista Espírita do Brasil e Jornal Mundo Espírita.

Em 18 de abril de 1946, Deolindo fundou, junto com outras pessoas, o Centro Espírita 18 de Abril, que serviu de base para a criação do Instituto de Cultura Espírita do Brasil (ICEB), em dezembro de 1957, no Rio de Janeiro, Ele foi o responsável por colocar em prática os “Cursos Regulares de Espiritismo”, criados por Allan Kardec, acreditando que a Doutrina deveria ser ensinada a todos, de forma didática e em linguagem acessível.

Deolindo Amorim desencarnou em 24 de abril de 1984, e sobre sua morte disse um de seus amigos, o escritor e pesquisador Hermínio Miranda: “É como se tombasse um gigantesco jequitibá da floresta – a paisagem desfalcada nunca será a mesma. Muitos somente se darão conta do tamanho da árvore depois de perceberem o vasto pedaço de céu que ela deixou descoberto”.

(continua amanhã)

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