terça-feira, 16 de junho de 2009

O QUE É O ESPIRITISMO

CAPITULO PRIMEIRO

PEQUENA CONFERÊNCIA ESPÍRITA

SEGUNDO DIÁLOGO

OS MÉDIUNS INTERESSEIROS

Segunda Parte

A natureza da faculdade mediúnica se opõe, pois, a que ela se torne uma profissão, uma vez que depende de uma vontade estranha ao médium, e ela poderia faltar-lhe no momento que dela tivesse necessidade, a menos que ele a supra pela agilidade. Mas, em se admitindo mesmo uma inteira boa fé, desde que os fenômenos não se obtém à vontade, seria um efeito do acaso se, na sessão que se tivesse pago, se produzisse precisamente aquilo que se desejaria para se convencer. Daríeis cem mil francos a um médium e na o faríeis obter dos Espíritos o que estes não quisessem fazer. Essa paga, que desnaturaria a intenção e a transformaria em um violento desejo de lucro, seria mesmo, ao contrário, um motivo para que este não tivesse sucesso. Se se está bem compenetrado dessa verdade, que a afeição e a simpatia são as mais poderosas motivações de atração dos Espíritos compreender-se-ia que eles não podem ser solicitados com o pensamento de os usarem para ganhar dinheiro.

Aquele, pois, que tem necessidade de fatos para se convencer, deve provar aos Espíritos sua boa vontade por uma observação séria e paciente, se quer por eles ser secundado. Mas, se é verdadeiro que a fé não se impõe, não o é menos dizer-se que ela não se compra.

VISITANTE – Eu compreendo esse raciocínio sob o ponto de vista moral; entretanto, não é justo que aquele que dá seu tempo no interesse de seu ideal, dele seja indenizado, se isso o impede de trabalhar para viver?

(continua amanhã)

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