segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

SUICÍDIO - CONHECER PARA PREVENIR

PROBLEMAS, DECEPÇÕES, SOFRIMENTOS E A IMAGINAÇÃO DA MORTE COMO FIM DE TUDO SÃO FATORES QUE LEVAM MUITAS PESSOAS A DESEJAR COLOCAR UM FIM À SUA PRÓPRIA EXISTÊNCIA.
COMPREENDER A IMORTALIDADE DA ALMA E A REENCARNAÇÃO COMO LEIS NATURAIS, OFERECE UM NOVO ENTENDIMENTO DA VIDA, DEMONSTRANDO QUE O SUICÍDIO NÃO RESOLVE COISA ALGUMA.

Por: Abel Sidney

Terceira Parte


Um termo relacionado ao luto é a perda, pois sempre que há uma perda significativa em nossas vidas, seja de uma pessoa ou de uma condição ou sentimento (emprego, uma alteração corporal, mudanças nas condições de vida, abandono, etc.) nós, naturalmente, entramos em processo de luto.

Em geral, não é fácil lidar com as perdas e o luto se torna complicado, pois estaremos às voltas com as nossas próprias reações, sobre as quais, eventualmente, não temos controle. E quando esta perda se dá por morte causada pelo suicídio, o luto se tornará ainda mais difícil.

O suicídio, segundo os psicólogos Basílio Domingos e Maria Regina Maluf, compõe a lista das perdas dramáticas, ao lado dentre outras causas, da AIDS. Por serem perdas “não autorizadas socialmente”, isto é, situações em que a pessoa morre em razão de um suposto comportamento inaceitável para o grupo ao qual pertence, têm-se muitas vezes lutos também não autorizados. O sobrevivente se isola e perdem-se, assim, os benefícios do processo catártico, do refazimento e de todo apoio que se poderia receber, seja dos amigos, dos parentes, seja de outras instituições, públicas ou privadas. Por exemplo, as Seguradoras não costumam pagar à família o premio, em caso de morte por suicídio.

Recapitulando: a morte é um processo natural, mas que tem sido negado, o que tem trazido sérias conseqüências para a saúde pública. Os especialistas afirmam que a sociedade precisa, com urgência, se humanizar o “morrer”, o que implicaria em se retomar antigos e bons hábitos como o de permitir que pacientes terminais no lar, ao lado da família, e fazer o velório em casa, de modo a se prantear o morto, elaborando-se mais facilmente o luto e oferecendo às crianças e jovens um saudável contato com esta inevitável ocorrência da vida!

O luto deveria ser vivenciado ao longo de suas fases, por possibilitar que as pessoas lidem emocionalmente com as angústias decorrentes da perda, ajudando nas cicatrizações das feridas da alma, tão necessárias para se seguir adiante, principalmente em ocorrências mais drásticas, como a do suicídio e das mortes violentas em geral.

(continua amanhã)

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