sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

NEWTON E A BESTA DO APOCALIPSE

Segundo Isaac Newton, as civilizações do passado fizeram descoberta e interpretaram os fatos com profundidade. Para o revolucionário cientista inglês, a metodologia cientifica podia ser aplicada na análise das Escrituras, transformando suas passagens simbólicas em conhecimento válido e útil. Enquanto pesquisava, ele descobriu a identidade da besta do apocalipse e calculou a data provável de sua derrota.

Por Paulo Henrique Figueiredo

Terceira Parte


Para o cientista inglês, a besta do Apocalipse era a Igreja Católica Romana. Segundo seus cálculos, o reino do anticristo iria durar l.260 anos (quarenta e dois meses, ou seja, l.260 dias). Para ele, o reino da Igreja devia ser datado a partir de seu ápice e não de quando surgiu o Cristianismo, pois JESUS não fundou uma Igreja. Num de seus cálculos o anticristo duraria desde 609 d.C até 1869. De acordo com Emmanuel, em “A Caminho da Luz”, essa idéia não tem nada de maluco: “Reza o Apocalipse que a besta poderia dizer grandezas e blasfêmias por 42 meses. Seguindo o rumo das interpretações, podemos tomar cada mês como sendo de 30 anos, em vez de 30 dias, obtendo, desse modo, um período de 1260 anos comuns, justamente o período compreendido entre 610 e 1870 da nossa era. Marcam o início e o fim deste período, respectivamente, a consolidação do Papado, após o seu surgimento com o imperador Focas, em 607, e o decreto da infalibilidade papal com Pio IX, em 1870 que assinalou a decadência e a ausência de autoridade do Vaticano, em face da evolução cientifica, filosófica e religiosa da Humanidade”. Newton errou por um ano.

Em nosso tempo, os cientistas estão imersos numa crença materialista, e, mesmo que queiram, não enxergam outras hipóteses para explicar o Universo. No entanto, suas concepções, adotados nos últimos dois séculos, não trouxeram respostas e nem provaram suas idéias como válidas. Os fenômenos naturais reafirmam a existência dos Espíritos desafiando o paradigma atual.

As Igrejas, por outro lado, não conseguem libertar-se dos dogmas seculares, incompatíveis com a metodologia cientifica.

Cabe aos Espíritas o desenvolvimento do paradigma cientifico iniciado por Allan Kardec, ampliando seus argumentos, métodos, pressupostos e experimentações para que aos poucos a visão espiritualista e deísta do Universo, baseada na razão e na análise dos fenômenos, convença pelas evidências e validade de suas hipóteses.

Ninguém pede aos cientistas que tenham fé nas idéias espíritas, mas que se dêem ao trabalho de estudar uma hipótese nova, diante da constatação evidente da ineficácia do materialismo para tornar este mundo mais feliz.

(continua amanhã)

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