quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

KARDEC E NAPOLEÃO

CONVIDADO AO SERVIÇO DA COLETIVIDADE E DA CAUSA DO CRISTO, O GENERAL FRANCÊS CEDE AO FASCÍNIO DO PODER TERRENO E TRANSFORMA SEU PERÍODO DE GOVERNO EM UM BANHO DE SANGUE.

Segunda Parte

No deslumbrante espetáculo da Espiritualidade Superior, com a refulgência de suas almas, achavam-se Sócrates, Platão, Aristóteles, Apolônia de Tiana, Orígenes,

Hipócrates, Agostinho, Fenelon, Giordano Bruno, Tomás de Aquino, São Luiz de França, Vicente de Paulo, Joana D’Arc, Tereza d”Avila, Catarina de Siena, Bossuet, Epinoza, Erasmo, Milton, Cristovão Colombo, Gutemberg, Galileu, Pascal, Swedenborge e Dante Aligheri, para mencionar apenas alguns heróis e paladinos da renovação terrestre e, em plano menos brilhante, encontravam-se, no recinto maravilhoso, trabalhadores de ordem inferior, incluindo muitos dos ilustres guilhotinados da Revolução, quis Luiz XVI, Maria Antonieta, Robespierre, Danton, Madame Roland, André Chenier, Bailly, Camile Desmonlins, e grandes vultos como Voltaire e Rousseau.

Depois da palavra rápida de alguns orientadores eminentes, invisíveis clarins soaram na direção do plano carnal e, em breves instantes, do seio da noite, que velava o corpo ciclópico do mundo europeu, emergiu, sob custódia de esclarecidos mensageiros, reduzido cortejo de sombras, que pareciam estranhas e vacilantes, confrontadas, com as feéricas irradiações do palácio festivo.

Era um grupo de almas, ainda encarnadas, que, constrangidas pela Organização Celeste, remontavam à vida espiritual para a reafirmação de compromissos.

À frente, vinha Napoleão, que centralizou o interesse de todos os circunstantes. Era bem grande o corso, com os trajes habituais e com o seu chapéu característico.

Recebido por diversas figuras de Roma antiga, que se apressavam em oferecer-lhe apoio e auxilio, o vencedor de Rivoli ocupou radiosa poltrona que, de antemão, lhe fora preparada.

(continua amanhã)

Nenhum comentário: