terça-feira, 15 de dezembro de 2009

A FÉ IMPLICA EM CONHECIMENTO E VIVÊNCIA

A FÉ FIRME QUE NOS SUSTENTA EM TODOS OS MOMENTOS DA EXISTÊNCIA NÃO É FRUTO DA CRENÇA, MAS DA RAZÃO.

Por Cristina Helena Sarraf

Segunda Parte


A FÉ NECESSITA DE BASE


Mas enquanto ela estiver “construída sobre areia”, os ventos e a chuva, os fatos e as dificuldades da vida, facilmente acabam com aquilo que pensávamos ser a FÉ.

Podemos disfarçar e dizer que isso não ocorreu conosco ou, até enganarmo-nos tão bem, que acreditamos continuar tendo fé, mas a maneira como vivemos, como reagimos aos acontecimentos significativos, o auto-abandono em que nos encontramos vez ou outra, são a maio prova que ela não existe.

JESUS se refere à pequena fé dos discípulos, alegando que a tivesse em mínima parte poderiam mover montanhas. Certamente não se referia ele a fenômenos de transporte de objetos, e nem imaginaria que alguém movesse toneladas de terra, porque isso não teria nenhum sentido ou objetivo. Mas sua fala deixa bem claro que ter fé faz uma enorme diferença, permitindo alcançar o que está distante das pessoas que não a têm.

“Fé raciocinada”, diz Kardec. E seu bom senso desponta aqui, inserindo com clareza a noção de conhecimento vivenciado para que forças íntimas sejam arregimentadas e nos levem a um estado de plena confiança. Aquela condição interior de ter a certeza, por experiência própria, de que, por exemplo, meus pensamentos determinam minha condição física e psicológica, bem como as minhas companhias espirituais. Tal condição surge quando se tenha feito várias experiências, bem observadas, de que é assim que as coisas funcionam e não apenas porque alguém nos disse ou esteja escrito em livros.

Nada substitui a experiência pessoal, embora ela possa, em muitos casos ser adquirida por observação. Afinal não precisamos desencarnar para provar a sobrevivência dos Espíritos. Mas tem um grande valor conversar com um, ou ver, ou ter algum tipo de experiência comprovadora.

O assunto não se esgota aqui. Ao contrário, nosso objetivo é que ele seja mais examinado, pela certeza, fruto de muita observação, de que falta fé à muita gente, exatamente porque ainda querem acreditar devotamente, sem estudar, pesquisar, examinar e comprovar, não seguindo o exemplo que nos deixou Kardec.

(continua amanhã)

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