sábado, 24 de outubro de 2009

O QUE É O ESPIRITISMO

ESPIRITISMO NO BRASIL

Décima Terceira Parte

BEZERRA DE MENEZES


Casou-se em 21 de janeiro de 1865, com quem teve sete filhos. Foi redator de “A Reforma, órgão liberal da Corte e redator do jornal ” Sentinela da Liberdade”, concluindo sua carreira política em 1885.

Conheceu o Espiritismo no ano de 1875, através de um exemplar de “O Livro dos Espíritos”, oferecido pelo seu tradutor, Dr. Joaquim Carlos Travassos. O episódio foi descrito assim por BEZERRA DE MENEZES: “Deu-me na cidade e eu morava na Tijuca, a uma hora de viagem de bonde. Embarquei com o livro e, como não tinha distração para a longa viagem, disse comigo: ora, adeus! Não hei de ir para o inferno por ler isto... Depois, é ridículo confessar-me ignorante desta filosofia, quando tenho estudado todas as escolas Filosóficas. Pensando assim, abri o livro e prendi-me a ele, como acontecera com a Bíblia. Lia. Mas não encontrava nada quer fosse novo para meu Espírito. Entretanto, tudo aquilo era novo para mim!... Eu já tinha lido ou ouvido tudo o que se achava no “O Livros dos Espíritos”. Preocupei-me seriamente com este fato maravilhoso e a mim mesmo dizia: parece que eu era Espírita inconsciente, ou, mesmo como se diz vulgarmente, de nascença”.

Lançada em 1883, por Augusto Elias da Silva, a revista “O Reformador”, BEZERRA DEMENEZES tornou-se seu colaborador escrevendo comentários judiciosos sobre o catolicismo. A Federação Espírita Brasileira foi criada em primeiro de janeiro de 1884. Apesar de amigo de todos os diretores e admirado por eles, BEZERRA DE MENEZES não quis se inscrever entre os fundadores.

No dia 16 de agosto de 1886, aos 55 anos, perante um auditório de cerca de duas mil pessoas que enchia a sala de honra da Guarda Velha, BEZERRA DEMENEZES proclamava a sua conversão ao Espiritismo. Esse importante acontecimento foi assim narrado pelo jornal “O País”, dois dias depois: “O orador, discorrendo sobre os motivos que o levaram a abraçar a nova Doutrina, fez um brilhante comparação entre as teogonias romana e espírita, concluindo que esta e não aquela era o coroamento da teodiceia e da mortal cristã. O Orador por mais de uma hora teve presa a atenção dos ouvintes, que o aclamaram com uma salva de palmas ao deixar a tribuna. O salão, que comporta número superior a 1.500 pessoas, esteve completamente cheio”.

(continua amanhã)

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