Primeira Parte
A HOMEOPATIA E OS PRÉ-ESPÍRITAS
Desde 1818, o Brasil começou a tomar contato com a Homeopatia. O Patriarca da Independência, José Bonifacio de Andrade e Silva se correspondia com Hahnemann (o criador d Homeopatia). Não se registrou nomes de adeptos à prática, senão a partir de 1840 quando chegaram ao país dois homens extraordinários: Bento Mure, francês, e João Vicente Martins, português.
Bento Mure e Martins eram espiritualistas. Ambos possuíam o dom da mediunidade. Mure era clarividente e Martins era psicógrafo. Muito antes da codificação kardeciana, conheciam ambos os transes mediúnicos e a aplicação do magnetismo espiritual. Os trabalhos de inspiração eram feitos por empirismo. Foram médicos dedicados e que atendiam os pobres e necessitados. João Martins introduziu em nossas terras as irmãs de caridade e os princípios vicentinos (1843).
Em 1848, Mure deixou o Brasil. Martins assumiu sozinho a propaganda da Homeopatia, atraindo grande número de adeptos. Entre eles destacam-se dois pioneiros no Espiritismo: Melo Morais e Castro Lopes.
A cura homeopática envolvia, como ainda hoje, certo mistério para o leigo. Aplicavam aos doentes os passes, como um ato religioso. Não por charlatanismo, mas como processo auxiliar da Homeopatia, conforme Hahnemann recomendava. Foram os Homeopatas que lançaram os passes, não os espíritas, que só continuaram a tradição.
A relação entre a Homeopatia e o Espiritismo pode ser interpretada da seguinte maneira: O Espiritismo considera a trindade: DEUS, Espírito e Matéria, onde o períspirito une o Espírito e a matéria ligando cédula com outra cédula que compõe o corpo humano. Assim, o equilíbrio funcional do perispírito pode ser perturbado ou equilibrado por agentes fluídicos. Já a Homeopatia trabalha com a ação de medicamentos que interferem nessa ordem de fluídos, de onde vem essa forte ligação entre as duas partes.
(continua amanhã)
Bento Mure e Martins eram espiritualistas. Ambos possuíam o dom da mediunidade. Mure era clarividente e Martins era psicógrafo. Muito antes da codificação kardeciana, conheciam ambos os transes mediúnicos e a aplicação do magnetismo espiritual. Os trabalhos de inspiração eram feitos por empirismo. Foram médicos dedicados e que atendiam os pobres e necessitados. João Martins introduziu em nossas terras as irmãs de caridade e os princípios vicentinos (1843).
Em 1848, Mure deixou o Brasil. Martins assumiu sozinho a propaganda da Homeopatia, atraindo grande número de adeptos. Entre eles destacam-se dois pioneiros no Espiritismo: Melo Morais e Castro Lopes.
A cura homeopática envolvia, como ainda hoje, certo mistério para o leigo. Aplicavam aos doentes os passes, como um ato religioso. Não por charlatanismo, mas como processo auxiliar da Homeopatia, conforme Hahnemann recomendava. Foram os Homeopatas que lançaram os passes, não os espíritas, que só continuaram a tradição.
A relação entre a Homeopatia e o Espiritismo pode ser interpretada da seguinte maneira: O Espiritismo considera a trindade: DEUS, Espírito e Matéria, onde o períspirito une o Espírito e a matéria ligando cédula com outra cédula que compõe o corpo humano. Assim, o equilíbrio funcional do perispírito pode ser perturbado ou equilibrado por agentes fluídicos. Já a Homeopatia trabalha com a ação de medicamentos que interferem nessa ordem de fluídos, de onde vem essa forte ligação entre as duas partes.
(continua amanhã)
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