CAPÍTULO SEGUNDO
NOÇÕES ELEMENTARES DO ESPIRITISMO
COMUNICAÇÕES COM O MUNDO INVISÍVEL
Décima Parte
47. – É erradamente que se faz um jogo das manifestações físicas; se elas não tem mais a importância do ensinamento filosófico, têm a sua utilidade, do ponto de vista do fenômeno, porque são o alfabeto da ciência, da qual deram a chave. Embora menos necessárias hoje, elas ajudam ainda a convencer certas pessoas. Elas, porém, não excluem de nenhum modo a ordem e a decência das reuniões onde se as experimenta; se fossem sempre praticadas da maneira conveniente, convenceriam mais facilmente e produziriam, sob todos os aspectos, melhores resultados.
48. – Certas pessoas fazem uma idéia falsa das evocações; há os que crêem que elas consistem em fazer voltar os mortos com a aparência lúgubre da sepultura. O pouco de dissemos a esse respeito deve dissipar esse erro. Não é senão nos romances, nos contos fantásticos de almas do outro mundo e no teatro que se vêem os mortos descarnados saírem de suas sepulturas, vestidos ridiculamente de mortalha e fazendo chocalhar seus ossos. O Espiritismo, que jamais fez milagres, não fez mais este que outros, e jamais fez reviver um corpo morto; quando o corpo está na cova, aí está definitivamente. Mas o ser espiritual fluídico, inteligente, não foi aí encerrado com seu envoltório grosseiro, do qual se separou no momento da morte, e uma vez operada a separação, nada tem em comum com ele.
49.- A critica malévola se inclina a representar as comunicações espíritas como cercadas de práticas ridículas e supersticiosas da magia e da necromancia. Se aqueles que falam do Espiritismo, sem o conhecer, se tivessem se dado ao trabalho de estudar aquilo de que querem falar, se poupariam de gastos da imaginação ou das alegações que não servem senão para provarem sua ignorância e sua má vontade. Para a edificação de pessoas estranhas à ciência espírita, nós diremos que não há, para se comunicar com os Espíritos, nem dias, nem horas, nem lugar mais propícios uns que os outros; que não é preciso para evocá-los, nem fórmulas, nem palavras sacramentais ou cabalísticas; que não há necessidade de nenhuma preparação, de nenhuma iniciação; que o emprego de todo sinal ou objeto material, seja para atraí-los, seja para repeli-los, não tem efeito, e que o pensamento basta; enfim, que os médiuns recebem suas comunicações tão simplesmente e tão naturalmente, como se fossem ditadas por uma pessoa viva, sem saírem do estado normal. Só o charlatanismo poderia tomar maneiras excêntricas e adicionar acessórios ridículos.
A evocação dos espíritos se faz em nome de DEUS, com respeito e recolhimento; é a única coisa recomendada às pessoas sérias que querem ter intercâmbio com os Espíritos sérios.
(continua amanhã)
NOÇÕES ELEMENTARES DO ESPIRITISMO
COMUNICAÇÕES COM O MUNDO INVISÍVEL
Décima Parte
47. – É erradamente que se faz um jogo das manifestações físicas; se elas não tem mais a importância do ensinamento filosófico, têm a sua utilidade, do ponto de vista do fenômeno, porque são o alfabeto da ciência, da qual deram a chave. Embora menos necessárias hoje, elas ajudam ainda a convencer certas pessoas. Elas, porém, não excluem de nenhum modo a ordem e a decência das reuniões onde se as experimenta; se fossem sempre praticadas da maneira conveniente, convenceriam mais facilmente e produziriam, sob todos os aspectos, melhores resultados.
48. – Certas pessoas fazem uma idéia falsa das evocações; há os que crêem que elas consistem em fazer voltar os mortos com a aparência lúgubre da sepultura. O pouco de dissemos a esse respeito deve dissipar esse erro. Não é senão nos romances, nos contos fantásticos de almas do outro mundo e no teatro que se vêem os mortos descarnados saírem de suas sepulturas, vestidos ridiculamente de mortalha e fazendo chocalhar seus ossos. O Espiritismo, que jamais fez milagres, não fez mais este que outros, e jamais fez reviver um corpo morto; quando o corpo está na cova, aí está definitivamente. Mas o ser espiritual fluídico, inteligente, não foi aí encerrado com seu envoltório grosseiro, do qual se separou no momento da morte, e uma vez operada a separação, nada tem em comum com ele.
49.- A critica malévola se inclina a representar as comunicações espíritas como cercadas de práticas ridículas e supersticiosas da magia e da necromancia. Se aqueles que falam do Espiritismo, sem o conhecer, se tivessem se dado ao trabalho de estudar aquilo de que querem falar, se poupariam de gastos da imaginação ou das alegações que não servem senão para provarem sua ignorância e sua má vontade. Para a edificação de pessoas estranhas à ciência espírita, nós diremos que não há, para se comunicar com os Espíritos, nem dias, nem horas, nem lugar mais propícios uns que os outros; que não é preciso para evocá-los, nem fórmulas, nem palavras sacramentais ou cabalísticas; que não há necessidade de nenhuma preparação, de nenhuma iniciação; que o emprego de todo sinal ou objeto material, seja para atraí-los, seja para repeli-los, não tem efeito, e que o pensamento basta; enfim, que os médiuns recebem suas comunicações tão simplesmente e tão naturalmente, como se fossem ditadas por uma pessoa viva, sem saírem do estado normal. Só o charlatanismo poderia tomar maneiras excêntricas e adicionar acessórios ridículos.
A evocação dos espíritos se faz em nome de DEUS, com respeito e recolhimento; é a única coisa recomendada às pessoas sérias que querem ter intercâmbio com os Espíritos sérios.
(continua amanhã)
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