sexta-feira, 21 de agosto de 2009

O QUE É O ESPIRITISMO

CAPÍTULO SEGUNDO

NOÇÕES ELEMENTARES DO ESPIRITISMO

COMUNICAÇÕES COM O MUNDO INVISÍVEL

Quinta Parte

uando a mesa persegue alguém, não é o Espírito que corre, porque ele pode ficar tranqüilamente no mesmo lugar, mas que a impulsiona por uma corrente fluídica, com a ajuda da qual a faz mover-se à sua vontade. Quando as pancadas se fazem ouvir na mesa ou outro lugar, o Espírito não bate nem com a mão nem com um objeto qualquer; ele dirige sobre o ponto de onde parte o barulho, um jato de fluido que produz o efeito de um choque elétrico. Ele modifica o barulho, como se podem modificar os sons produzidos pelo ar.

Compreende-se, segundo isso, que não e mais difícil ao Espírito erguer uma pessoa do que erguer uma mesa, transportar um objeto de um lugar para outro ou de lançá-lo em qualquer parte; esses fenômenos se produzem em razão da mesma lei.

32. – Pode-se ver, por essas poucas explicações, que as manifestações espíritas, de qualquer natureza que sejam, nada têm de sobrenatural ou de maravilhoso. Soa fenômenos que se produzem em virtude da lei que rege o intercâmbio do mundo visível com o mundo invisível, lei tão natural como a da eletricidade, da gravitação, etc. O Espiritismo é a ciência que nos faz conhecer essa lei, como a mecânica nos faz conhecer a lei do movimento, a ótica a da luz. As manifestações espírita, estando na Natureza, produziram-se em todas as épocas; a lei que as rege, uma vez conhecida, nos explica uma série de problemas considerados insolúveis; é a chave de uma multidão de fenômenos explorados e ampliados pela superstição.

33. – O maravilhoso, uma vez afastado, esses fenômenos nada mais têm que repugne à razão, porque eles vêm se colocar ao lado de outros fenômenos naturais. Nos tempos da ignorância, todos os efeitos dos quais não se conheciam as causas eram reputados como sobrenaturais. As descobertas científicas, sucessivamente, restringiram o círculo do maravilhoso; o conhecimento desta nova lei o reduziu a nada. Aqueles, pois, que acusam o Espiritismo de ressuscitar o maravilhoso provam, com isso, que falam de uma coisa que não conhecem.

(continua amanhã)

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