PEQUENA CONFERÊNCIA ESPÍRITA
TERCEIRO DIÁLOGO- O PADRE
Décima Segunda Parte
Anoitai bem, senhor, que alguns dos pontos divergentes, dos quais acabais de falar, o Espiritismo não os contesta, em princípio. Se tivésseis lido tudo o que escrevi sobre esse assunto, teríeis visto que ele se limita a lhes dar uma explicação mais lógica e mais racional que aquela que lhes dão vulgarmente.
É assim, por exemplo, que ele não nega o purgatório, mas lhe demonstra, ao contrário, a necessidade e a justiça, indo mais além ao defini-lo. O inferno foi descrito como uma imensa fornalha; mas é assim que o entende a alta teologia?
Evidentemente não; ela diz muito bem que é uma figura e que o fogo no qual se queima é um fogo moral, símbolo das dores maiores. Quanto à eternidade das penas, se fosse possível pôr a questão em votação para conhecer a opinião íntima de todos os homens em estado de raciocinar ou de compreender, mesmo entre os mais religiosos, ver-se-ia de que lado está a maioria, porque a idéia de uma eternidade de suplícios é a negação da infinita misericórdia de DEUS.
Eis, de resto, o que diz a Doutrina Espírita a esse respeito.
A duração do castigo está subordinada ao aprimoramento do Espírito culpado. Nenhuma condenação por tempo determinado é pronunciada contra ele. O que DEUS exige para pôr termo ao sofrimento são o arrependimento, a expiação e a reparação, em uma palavra, um aprimoramento sério, e retorno sincero ao bem. O Espírito tem, assim, o arbítrio de sua própria sorte; ele pode prolongar seus sofrimentos pela sua obstinação no mal, abrandá-los ou abreviá-los pelos seus esforços em fazer o bem.
A duração do castigo estando subordinado ao arrependimento, disso resulta que o Espírito culpado que não se arrependesse e não se melhorasse jamais, sofreria sempre, e que, para ele, a pena seria eterna. A eternidade das penas, pois, deve-se entender no sentido relativo e não no sentido absoluto.
(continua amanhã)
Anoitai bem, senhor, que alguns dos pontos divergentes, dos quais acabais de falar, o Espiritismo não os contesta, em princípio. Se tivésseis lido tudo o que escrevi sobre esse assunto, teríeis visto que ele se limita a lhes dar uma explicação mais lógica e mais racional que aquela que lhes dão vulgarmente.
É assim, por exemplo, que ele não nega o purgatório, mas lhe demonstra, ao contrário, a necessidade e a justiça, indo mais além ao defini-lo. O inferno foi descrito como uma imensa fornalha; mas é assim que o entende a alta teologia?
Evidentemente não; ela diz muito bem que é uma figura e que o fogo no qual se queima é um fogo moral, símbolo das dores maiores. Quanto à eternidade das penas, se fosse possível pôr a questão em votação para conhecer a opinião íntima de todos os homens em estado de raciocinar ou de compreender, mesmo entre os mais religiosos, ver-se-ia de que lado está a maioria, porque a idéia de uma eternidade de suplícios é a negação da infinita misericórdia de DEUS.
Eis, de resto, o que diz a Doutrina Espírita a esse respeito.
A duração do castigo está subordinada ao aprimoramento do Espírito culpado. Nenhuma condenação por tempo determinado é pronunciada contra ele. O que DEUS exige para pôr termo ao sofrimento são o arrependimento, a expiação e a reparação, em uma palavra, um aprimoramento sério, e retorno sincero ao bem. O Espírito tem, assim, o arbítrio de sua própria sorte; ele pode prolongar seus sofrimentos pela sua obstinação no mal, abrandá-los ou abreviá-los pelos seus esforços em fazer o bem.
A duração do castigo estando subordinado ao arrependimento, disso resulta que o Espírito culpado que não se arrependesse e não se melhorasse jamais, sofreria sempre, e que, para ele, a pena seria eterna. A eternidade das penas, pois, deve-se entender no sentido relativo e não no sentido absoluto.
(continua amanhã)
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