quarta-feira, 8 de julho de 2009

O QUE É O ESPIRIITISMO

CAPÍTULO PRIMEIRO
PEQUENA CONFERÊNCIA ESPÍRITA
SEGUNDO DIÁLOGO – O CÉPTICO
ELEMENTOS DE CONVICÇÃO

Primeira Parte

Visitante – Eu convenho, senhor, que, do ponto de vista filosófico, a Doutrina Espírita é perfeitamente racional. Mas, resta sempre a questão das manifestações que não pode ser resolvida senão pelos fatos; ora, é a realidade desses fatos que muitas pessoas contestam e não deveis achar espantoso o desejo que se exprime de testemunhá-los.

A.K. – Acho isso muito natural; somente, como procuro que sejam proveitosos, explico em que condições convém se colocar para melhor observá-los e, sobretudo, para compreendê-los. Ora, aquele que não quer se colocar nessas condições é porque não tem desejo sério de se esclarecer e, então, é inútil perder-se tempo com ele.
Compreendereis também, senhor, que seria estranho que uma filosofia racional tivesse saído de fatos ilusórios e controvertidos. Em boa lógica, a realidade do efeito implica na realidade da causa; se um é verdadeiro, outro não pode ser falso, porque onde não houvesse árvore não se recolhiam frutos.

Todo o mundo, é verdade, não pôde constatar os fatos, porque todo o mundo não se colocou nas condições desejadas para observá-los e, para isso, não se armou de paciência e perseverança necessárias. Mas, ocorre aqui como em todas as ciências: o que uns não fazem, outros o fazem: todos os dias, aceita-se o resultado de cálculos astronômicos sem os ter feito. Qualquer que ela seja, se achais uma filosofia boa, podereis aceitá-la como aceitaríeis uma outra, reservando, porém, vossa opinião sobre os caminhos e meios que e a ela conduziram, ou, pelo menos, não admitindo-a senão como hipótese até mais ampla constatação.

(continua amanhã)

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