quarta-feira, 1 de julho de 2009

O QUE É O ESPIRIITISMO


CAPÍTULO PRIMEIRO

PEQUENA CONFERÊNCIA ESPÍRITA

SEGUNDO DIÁLOGO – O CÉPTICO

UTILIDADE PRÁTICA DAS MANIFESTAÇÕES

Segunda Parte

Ora, o mundo dos Espíritos existe em virtude de uma dessas leis da Natureza e o Espiritismo nos faz conhecê-la. Ele nos ensina a influência que o mundo invisível exerce sobre o mundo visível, e as relações que existem entre eles, da mesma forma que a Astronomia nos ensina as relações dos astros com a Terra; ele no-la mostra como uma das formas que regem o Universo e contribuem para a manutenção da harmonia geral. Suponhamos que a isso se limite sua utilidade; já não seria muito útil a revelação de semelhante força, abstração feita de toda doutrina moral? Não é nada, pois, que todo um mundo novo se nos revela se, sobretudo, o conhecimento desse mundo nos coloca na trilha de uma multidão de problemas, até então, insolúveis? Se nos inicia nos mistérios de além-túmulo, que nos interessa um pouco, uma vez que todos, pelo que somos, devemos cedo ou tarde transpor o passo fatal? Mas há uma outra utilidade mais positiva do Espiritismo, que é a influência moral que ele exerce pela própria força das coisas. O Espiritismo é a prova patente da existência da alma, da sua individualidade depois da morte, da sua imortalidade e do seu futuro. É, pois, a destruição do materialismo, não pelo raciocínio, mas pelos fatos.

Não é preciso perguntar ao Espiritismo o que ele pode dar, e nem nele procurar além do seu objetivo providencial. Antes dos progressos sérios da Astronomia, acreditava-se na Astrologia. Seria razoável pretender que a Astronomia de nada serve porque não se pode mais encontrar na influência dos astros o prognósticos do futuro? Da mesma forma que a Astronomia destronou os astrólogos, o Espiritismo destronou os adivinhos,,os feiticeiros e os ledores de sorte. Ele é para a magia o que a Astronomia é para a Astrologia, a Química para a Alquimia.

(Continua amanhã)

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