sexta-feira, 3 de julho de 2009

CAPÍTULO PRIMEIRO

PEQUENA CONFERÊNCIA ESPÍRITA

SEGUNDO DIÁLOGO

LOUCURA, SUICÍDIO, OBSESSÃO

Segunda Parte

Nesse aspecto, os Estados Unidos têm centenas de milhares deles, e todos os outros países do mundo, um número bem maior. Esse mau gracejo começou a ser usado depois que se viu esta loucura ganhar as classes mais elevada da sociedade. Fez-se grande alarde de um exemplo conhecido, de Victor Hennequin, esquecendo-se que, antes de se ocupar com o Espiritismo, ele já tinha dado provas de excentricidade das idéias. Se as mesas girantes não tivessem acontecido, o que, segundo um jogo de palavras bem espirituoso de nossos adversários, fizeram lhe girar a cabeça, sua loucura teria tomado outro curso.

Eu digo, pois, que o Espiritismo não tem nenhum privilégio a esse respeito; e vou mais longe: digo que, bem compreendido, é um preservativo contra a loucura e o suicídio.
Entre as causas mais freqüentes de superexcitação cerebral, é preciso contas as decepções, os desgostos, as afeições contrariadas, que são ao mesmo tempo, as causas mais freqüentes do suicídio. Ora, o verdadeiro espírita vê as coisas deste mundo de um ponto de vista tão elevado, que as tribulações não são para ele senão os incidentes desagradáveis de uma viagem. O que, em outro, produziria uma emoção violenta, o afeta levemente. Ele sabe, aliás, que os sofrimentos da vida são provas que servem para o seu adiantamento, se as suporta sem reclamar, porque será recompensado de acordo com a coragem com a qual as tiver suportado. Suas convicções lhe dão, pois, uma resignação que o preserva do desespero, e, por conseguinte, de uma causa permanente de loucura e de suicídio. Por outro lado, ele sabe, pelo que vê nas comunicações com os Espíritos, da sorte deplorável daqueles que abreviam voluntariamente seus dias, e esse quadro basta para fazê-lo refletir; por isso é considerável o numero daqueles que se detiveram sobre essa inclinação funesta. Eis aí um dos resultados do Espiritismo.

(continua amanhã)

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