terça-feira, 30 de junho de 2009

O QUE É O ESPIRIITISMO


CAPÍTULO PRIMEIRO

PEQUENA CONFERÊNCIA ESPÍRITA

SEGUNDO DIÁLOGO – O CÉPTICO

UTILIDADE PRÁTICA DAS MANIFESTAÇÕES

Primeira Parte

VISITANTE – Partindo da suposição de que a coisa seja constatada e o Espiritismo reconhecido como realidade, que utilidade prática isso pode ter? Se, até o presente, se passou sem ele, parece-me que se poderia, ainda, passar sem ele e viver mais tranqüilamente.

A.K. – O mesmo se poderia dizer das estradas de ferro e do vapor, sem as quais se viveu muito bem.
Se entendeis por utilidade prática, os meios de viver bem, de fazer fortuna, de conhecer o futuro, de descobrir minas de carvão ou tesouros ocultos, de recuperar heranças, de se poupar do trabalho das pesquisas, ele não serve para nada; ele não pode subir nem abaixar a cotação da Bolsa, nem ser transformado em ações, nem mesmo fornecer invenções prontas, aptas a serem exploradas. Sob esse ponto de vista, quantas ciências seriam inúteis! Quantas há que não trazem vantagem, comercialmente falando! Os homens se portavam muito bem antes da descoberta de todos os novos planetas, antes que se soubesse que é a Terra que gira e não o Sol, antes que fossem calculados os eclipses, antes que se conhecesse o mundo microscópico e uma centena de outras coisas. O Camponês, para viver e produzir seu trigo, não tinha necessidade de saber o que é um cometa. Por que, pois, os sábios se entregam a essas pesquisas, e quem ousaria dizer que perdem seu tempo? Tudo que serve para erguer um canto do véu, ajuda o desenvolvimento da inteligência, alarga o círculo das idéias, fazendo-nos penetrar mais além das leis da Natureza. Ora, o mundo dos Espíritos existe em virtude de uma dessas leis da Natureza e o Espiritismo nos faz conhecê-la.

(continua amanhã)

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