quinta-feira, 25 de junho de 2009

O QUE É O ESPIRIITISMO


CAPÍTULO PRIMEIRO

PEQUENA CONFERÊNCIA ESPIRITA

SEGUNDO DIÁLOGO – O CÉPTICO

OS MÉDIUNS E OS FEITICEIROS

Segunda Parte

VISITANTE – desse modo, todos os efeitos que certos médiuns acreditados obtêm, à vontade e em público, não seriam, segundo vós, senão hipocrisia?

A.K. – Eu não digo de um modo absoluto. Tais fenômenos não são impossíveis porque há Espíritos inferiores que podem se prestar a essas espécies de coisas, e nelas se divertem, talvez tendo já feito, em suas vidas, o trabalho dos prestidigitadores, e também médiuns especialmente propensos a esse gênero de manifestações. Mas, o mais vulgar bom senso repele a idéia de que os Espíritos, embora pouco elevados, venham fazer exibições para divertir os curiosos.

A obtenção desses fenômenos à vontade e, sobretudo, em público, é sempre suspeita; nesse caso, a mediunidade e a prestidigitação se tocam tão de perto que, freqüentemente, é bem difícil distingui-las. Antes de ver nisso ação dos Espíritos, é preciso minuciosas observações, e levar em conta seja o caráter e os antecedentes do médium, seja de uma multidão de circunstâncias, que só um estudo aprofundado da teoria dos fenômenos espíritas pode levar a apreciar. Anote-se que esse gênero de mediunidade, quando mediunidade há, é limitado à procura do mesmo fenômeno, com algumas variantes, o que não é de natureza a dissipar as dúvidas. Um desinteresse absoluto seria aí a menos garantia de sinceridade.

Qualquer que seja a realidade desses fenômenos, como efeitos mediúnicos, eles tem como bom resultado dar notoriedade à idéia espírita. A controvérsia que se estabelece a esse propósito provoca, em muitas, pessoas, um estudo mais aprofundado. Não é certo que é necessário ir buscar ai instruções sérias de Espiritismo, nem a filosofia da Doutrina, mas é um meio de forçar a atenção dos indiferentes e obrigar os mais recalcitrantes a falarem deles.

(continua amanhã)

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