domingo, 31 de maio de 2009

O QUE É O ESPIRITISMO

CAPÍTULO PRIMEIRO

PEQUENA CONFERÊNCIA ESPIRITA

SEGUNDO DIÁLOGO – O CÉPTICO

Décima Sexta Parte

VISITANTE – Sem dúvida; mas o fato de uma coisa ser possível, não se segue que ela exista.

A.K. – De acordo; mas convireis que já é uma grande coisa desde que ela não é impossível, porque não tem nada que repugne à razão. Resta, pois, constatá-la pela observação dos fatos. Essa observação não é nova; a História, tanto sacra como profana, prova a antigüidade e a universalidade dessa crença, que se perpetuou através de todas as vicissitudes do mundo, e se encontra entre os povos mais selvagens, no estado de idéias inatas e intuitivas, gravadas no pensamento, como a do Ser Supremo e da existência futura. O Espiritismo, portanto, não é criação moderna, muito longe disso; tudo prova que os antigos o conheciam tão bem e talvez melhor que nós. Somente ele não foi ensinando senão com precauções misteriosas que o tornaram inacessível ao vulgo, deixado propositadamente na difícil situação supersticiosa.
Quanto aos fatos, eles são de duas naturezas: espontâneos e provocados. Entre os primeiros, é preciso situar as visões e aparições, que são muito freqüentes; os ruídos, barulhos e movimentação de objetos sem material, e uma multidão de efeitos insólitos que se consideravam como sobrenaturais, e que hoje, nos parecem muito simples, porque, para nós, não há nada de sobrenatural uma vez que tudo se esconde nas leis imutáveis da Natureza. Os fatos provocados são aqueles que se obtêm por intermédio dos médiuns.

(continua amanhã)

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