quarta-feira, 27 de maio de 2009

O QUE É O ESPIRITISMO

CAPITULO PRIMEIRO

PEQUENA CONFERÊNCIA ESPÍRITA

SEGUNDO DIÁLOGO – O CÉPTICO

Décima Segunda Parte

VISITANTE – Eu admito perfeitamente que eles não são infalíveis, mas não é menos verdadeiro que, em razão do seu saber, sua opinião tem algum valor, e se os tivésseis convosco isso daria um grande peso ao vosso sistema.

A.K. – Vós admitis também que cada um não é bom juiz senão naquilo que é da sua competência. Se quereis construir uma casa, procurais um músico? Se estivésseis doente, vos faríeis cuidar por um arquiteto? Se tivésseis um processo, procuraríeis a opinião de um dançarino? Enfim, se trata-se de uma questão de teologia, a fareis resolver por um químico ou um astrônomo? Não; cada um em seu trabalho. As ciências vulgares repousam sobre as propriedades da matéria que se pode manipular a vontade, e os fenômenos que ela produz têm por agentes as forças materiais. Os do Espiritismo têm por agentes inteligências independentes, que têm seu livre arbítrio e não estão submetidas aos nossos caprichos. Eles escapam, assim, aos nossos procedimentos de laboratório e aos nossos cálculos e, desde então, não são mais da alçada da Ciência propriamente dita.

A ciência, pois, enganou-se quando quis experimentar os Espíritos como uma pilha voltaica; ela fracassou, e assim deveria sê-lo porque usou uma analogia que não existe. Depois, sem ir mais longe, ela concluiu pela negativa. Julgamento temerário que o tempo se encarrega, todos os dias, de reformar, como reformou muitos outros, e aqueles que o tiveram pronunciado, passarão pela vergonha de se inscreverem, muito levianamente, por falsearem contra o poder infinito do Criador.

(continua amanhã)

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