quarta-feira, 20 de maio de 2009

O QUE É O ESPIRITISMO

CAPÍTULO PRIMEIRO

PEQUENA CONFERÊNCIA ESPÍRITA

SEGUNDO DIÁLOGO – O CÉPTICO

Quinta Parte

FENÔMENOS ESPÍRITAS SIMULADOS

VISITANTE – Não se provou que fora do Espiritismo poder-se-ia produzir esses mesmos fenômenos? Pode-se concluir daí, que eles não têm a origem que lhe atribuem os espíritos.

A.K. – Do fato de se poder imitar uma coisa, não se segue que ela não existe. Que diríeis da lógica daquele que pretendesse que, porque se faz vinho da Champagne com água de Seltz, todo vinho de Champagne não é senão de água de Seltz? É privilégio de todas as coisas que têm ressonância, produzir falsificações. Os prestidigitadores pensaram que o nome do Espiritismo, devido à sua popularidade e as controvérsias das quais era objeto, poderia ser bom para explorar, e, para atrair a multidão, simularam mais ou menos grosseiramente, alguns fenômenos mediúnicos, como recentemente simularam a clarividência sonambúlica, e todos os escarnecedores aplaudindo, exclamaram: eis o que é o Espiritismo! Quando a engenhosa produção dos espectros apareceu em cena, não proclamaram por toda parte que era seu golpe de misericórdia? Antes de pronunciarem uma sentença tão positiva, deveriam refletir que as assertivas de um escamoteador não são palavras do Evangelho, e se assegurarem de que haveria identidade real entre a imitação e a coisa imitada. Ninguém compra um brilhante sem antes se assegurar de que não é uma imitação. Um estudo não muito sério os teria convencido de que os fenômenos espíritas se apresentam em outras condições e teriam sabido, além disso, que os espíritas não se ocupam nem em fazer aparecer espectros, nem em adivinhações.

(continua amanhã)

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