quinta-feira, 14 de maio de 2009

O QUE É O ESPIRITISMO

CAPITULO PRIMEIRO

PEQUENA CONFERÊNCIA ESPÍRITA

PRIMEIRO DIÁLOGO – O CRÍTICO

Décima Primeira Parte

Visitante – Não há, todavia, senão a experiência para convencer, mesmo não tendo, no início, senão um objetivo de curiosidade. Se vós não operais senão em presença de pessoas convencidas, permiti-me dizer-vos que pregais aos convertidos.

A.K. – Uma coisa é estar convencido, outra é estar disposto a se convencer. É a estes últimos que eu me dirijo, e não àqueles que crêem humilhar sua razão vindo escutar aquilo que chamam de fantasia. Com estes eu me preocupo o menos possível. Quanto àqueles que dizem ter desejo sincero de se esclarecer, a melhor maneira de prová-lo é mostrando perseverança. Se os conhece por outros sinais além do desejo de ver uma ou duas experiências, estes querem trabalhar seriamente.
A convicção não se torna senão com o tempo, por uma contínua observação feita com um cuidado particular. Os fenômenos espíritas diferem essencialmente daqueles que se apresentam nas ciências exatas: eles não se produzem à vontade. É preciso compreendê-los quando ocorrem. É vendo-os muito e por longo tempo, que se descobre uma multidão de provas que escapam ao primeiro olhar, sobretudo, quando não se está familiarizado com as condições nas quais eles podem se produzir, e ainda mais quando se leva um espírito de prevenção. Para o observador assíduo e refletido, as provas são bastante: para ele uma palavra, um fato aparentemente insignificante, pode ser um sinal de luz, uma confirmação. Para o observador superficial e de passagem, para o simples curioso, elas não são. Eis porque eu não me presto para experiências sem resultado provável.

(continua amanhã)

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