sábado, 9 de maio de 2009

O QUE É O ESPIRITISMO
CAPITULO PRIMEIRO
PEQUENA CONFERÊNCIA ESPÍRITA

PRIMEIRO DIALOGO - O C RÍTICO

Sétima Parte



Antes de concluir pela fraude é preciso primeiro se perguntar qual interesse se pode ter em enganar; ora, concordareis que há posições que excluem toda suspeita de fraude; pessoas das quais só o caráter é uma garantia de probidade.

Outra coisa se se seria tratasse de uma especulação, porque a atração do lucro é uma péssima conselheira. Mas, admitindo-se mesmo que, neste último caso, um fato de manobra fraudulenta seja positivamente constatado, isso não provaria nada contra a realidade do principio, já que se pode abusar de tudo. Do fato de que há pessoas que vendem vinhos adulterados, não se segue daí que não haveria vinho puro. O Espiritismo não é mais responsável pelos que abusam desse nome e o exploram, do que a ciência médica não o é pelos charlatões que vendem suas drogas, nem a religião pelos sacerdotes que abusam do seu ministério.

O Espiritismo, pela sua novidade e pela sua própria natureza, devia prestar-se a abuso; mas ele dá os meios de os reconhecer, definindo claramente seu verdadeiro caráter e recusando qualquer solidariedade com aqueles que o exploram ou o desviam de seu objetivo exclusivamente moral para fazer dele um oficio, um instrumento de adivinhação ou de procura fúteis.

Desde que o próprio Espiritismo traça os limites nos quais ele se contem, precisa o que ele diz e o que não diz, o que ele pode e o que não pode, o que está ou não está em suas atribuições o que ele aceita e o que repudia, o erro está naquele que , não se dando ao trabalho de o estudar, julgam-no sobre as aparências; que porque encontram saltimbancos usando o nome de Espíritas, para atrair os que passam, dirão gravemente: Eis o que é o Espiritismo. Sobre o que, em definitivo, recai o ridículo? Não sobre o saltimbanco que fez o seu trabalho, nem sobre o Espiritismo cuja doutrina escrita desmente semelhantes assertivas, mas sobre os críticos convictos de falarem daquilo que não sabem, ou de alterarem conscientemente a verdade. Aqueles que atribuem ao Espiritismo o que está contra sua própria essência, o fazem, ou por ignorância ou deliberadamente. No primeiro caso é por leviandade, no segundo é por má fé. Neste último caso, eles se assemelham a certos historiadores que alteraram os fatos históricos no interesse de um partido ou de uma opinião. Um partido se desacredita sempre pelo emprego de semelhantes meios, e falta ao seu objetivo.

(continua amanhã)

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