sexta-feira, 8 de maio de 2009

O QUE É O ESPIRITISMO
CAPITULO PRIMEIRO
PEQUENA CONFERÊNCIA ESPÍRITA
PRIMEIRO DIALOGO – O CRÍTICO
Sexta Parte

Visitante:- Falais do exame dos livros em geral. Credes que seja materialmente possível a um jornalista, ler e estudar todos os que lhe passam pelas mãos, sobretudo quando se trata de teorias novas que lhe seria preciso aprofundar e verificar? Igualmente exigirias de um impressor que lesse todas as obras que saem das suas impressoras.

A.K. A um raciocínio tão judicioso eu não tenho nada a responder, senão que, quando não se tem tempo de fazer conscientemente uma coisa, não se deve envolver-se com ela, e que é melhor não fazer senão uma coisa bem, do que fazer dez mal.

Visitante; - Não creais, senhor, que minha opinião esteja formada levianamente. Eu vi mesas girarem e baterem; pessoas que estavam supostamente escrevendo sob a influência de Espíritos; mas eu estou convencido de que havia charlatanismo.

A.K. – Quanto pagastes para ver isso?

Visitante – Nada, seguramente.

A.K. – então eis charlatães de uma espécie singular, e que vão reabilitar a palavra. Até o presente não se viu ainda charlatães desinteressados. Se algum brincalhão maldoso quis se divertir uma vez por acaso, segue-se que as outras pessoas sejam cúmplices de fraude? Aliás, com que objetivo se tornariam cúmplices de uma mistificação? Para divertir a sociedade, direis. Eu aceito que uma vez alguém se preste a um gracejo; mas quando um gracejo dura meses e anos, é, eu creio, o mistificador que está mistificado. È provável que, pelo único prazer de fazer crer em uma coisa que se sabe ser falsa, espera-se oborrecidamente horas inteiras sobre uma mesa? O prazer não valeria o trabalho.

(continua amanhã)

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