quinta-feira, 7 de maio de 2009

O QUE É O ESPIRITISMO
CAPITULO PRIMEIRO
PEQUENA CONFERÊNCIA ESPÍRITA
Primeiro Dialogo – O Crítico
Quinta Parte

Visitante – É precisamente para evitar esse escolho que vim vos pedir permissão para assistir algumas experiências.

A.K. – E pensais que isso vos bastaria para falar do espiritismo ex-professo? Mas como poderíeis compreender essas experiências, e com mais forte razão julgá-las, se não haveis estudado os princípios que lhes servem de base? Como poderíeis apreciar o resultado, satisfatório ou não, de experiências metalúrgicas, por exemplo, se não conheceis a fundo a metalurgia? Permiti-me dizer-vos, senhor, que vosso projeto é absolutamente como se, não sabendo nem matemática, nem astronomia, fosseis dizer a um desses senhores do Observatório: Senhor, eu quero escrever um livro sobre astronomia, e alem disso provar que vosso sistema é falso; mas como disso eu não sei nem a primeira palavra, deixai-me olhar uma ou duas vezes através de vossas lunetas. Isso me bastará para conhecê-la tanto quanto vós.
Não é senão por extensão que a palavra criticar é sinônimo de censurar. Em seu significado próprio, e segundo sua etmologia, ela significa julgar, apreciar. A critica pode, pois, ser aproveitada ou desaproveitada. Fazer critica de um livro não é necessariamente condená-lo. Aquele que empreende essa tarefa deve fazê-la sem idéias preconcebidas. Mas, se antes de abrir o livro já o condenou em seu pensamento, seu exame não pode ser imparcial.
Tal é o caso da maioria daqueles que tem falado do Espiritismo. Apenas sobre o nome formaram uma opinião e fizeram como um juiz que pronunciou uma sentença sem se dar ao trabalho de examinar o processo. Disso resultou que seu julgamento ficou sem razão e, ao invés de persuadir, provocou riso. Quanto àqueles que estudaram seriamente a questão, a maioria mudou de opinião e mais de um adversário dela tornou-se partidário, quando viu que se tratava de coisa diversa daquela em que ele acreditava.

(Continua manhã)

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