segunda-feira, 6 de abril de 2009

RESUMO DO ENSINAMENTO DOS ESPÍRITOS

RESUMO DO ENSINAMENTO DOS ESPÍRITOS
Quarta Parte

20. DEUS, sendo soberanamente justo e bom, não condena suas criaturas a castigos perpétuos por faltas transitórias; oferece-lhes, em todo o tempo, meios de progredir e de reparar o mal que puderam fazer. DEUS aceita, mas exige o arrependimento, a reparação e o retorno ao bem; de sorte que a duração do castigo é proporcional à persistência do Espírito no mal; que, por conseqüência, o castigo seria eterno para aquele que permanecesse eternamente no mau caminho; mas, desde que um clarão de arrependimento entre no coração do culpado, DEUS estende sobre ele sua misericórdia. A eternidade das penas, assim, deve ser entendida no sentido relativo, e não no sentido absoluto.

21. Os Espíritos, em se encarnando, trazem com eles o que adquiriram em suas existências precedentes; é a razão pela qual os homens mostram, instintivamente, aptidões especiais, inclinações boas ou más que parecem inatas neles.
As más tendências naturais são os restos das imperfeições do Espírito, e das quais não está inteiramente despojado; são também os indícios das faltas que cometeu, e o verdadeiro PECADO ORIGINAL. Em cada existência, deve-se lavar de algumas impurezas.

22. O esquecimento das existências anteriores, é um beneficio de DEUS que, em sua bondade, quis poupar ao homem as lembranças, o mais freqüentemente, penosas. A cada nova existência, o homem é o que fez de si mesmo; é para ele um novo ponto de partida, conhece seus defeitos atuais, sabe que esses defeitos são as conseqüências daqueles que tinha; disso conclui o mal que pôde cometer, e isso lhe basta para trabalhar a fim de se corrigir. Se tinha outrora defeitos que não tem mais, nada tem a se preocupar com isso; ele tem muitas imperfeições presentes.

23. Se a alma jamais vivera, seria porque fora criada ao mesmo tempo em que o corpo, nessa suposição, ela não pode ter nenhuma relação com aqueles que a precederam. Pergunta-se então como DEUS, que é soberanamente justo e bom, pode tê-la tornado responsável da falta do pai do gênero humano, manchando-o com um pecado original que não cometeu. Em dizendo, ao contrário, que ela traz, em renascendo, o germe das imperfeições de suas existências anteriores; que ela sofre, na existência atual, as conseqüências de suas faltas passadas, dá-se ao pecado original uma explicação lógica, que cada um pode compreender e admitir, porque a alma não é responsável senão pelas suas obras.
(continua amanhã)

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