segunda-feira, 20 de abril de 2009

RESUMO DA LEI DOS
FENÔMENOS ESPÍRITAS
II – MANIFESTAÇÕES DOS ESPÍRITOS
Segunda Parte

- No fenômeno designado sob o nome de Mesas Girantes ou Falantes, é pelo mesmo meio que o Espírito atua sobre a mesa, seja para fazê-la mover sem significação determinada, seja para fazê-la dar golpes inteligentes indicando as letras do alfabeto, para formar palavras e frases, fenômeno designado sob o nome de Tiptologia. A mesa não é aqui senão um instrumento do qual ele se serve, como faz com o lápis para escrever; lhe dá uma vitalidade momentânea pelo fluido com o qual a penetra, mas ele não se identifica com ela. As pessoas que, em sua emoção, vendo se manifestar um ser que lhes é caro abraçam a mesa, praticam um ato ridículo, porque é absolutamente como se elas abraçassem o bastão do qual um amigo se serve para dar pancadas. Ocorre o mesmo com aqueles que dirigem a palavra à mesa, como se o Espírito estivesse encerrado na madeira, e como se a madeira tivesse tornado espírito.
Quando as comunicações ocorrem por esse meio, é preciso imaginar o Espírito não na mesa, mas ao lado, tal como estaria se estivesse vivo, e tal como se o veria se, nesse momento, pudesse se tornar visível. A mesma coisa ocorre nas comunicações pela escrita; ver-se-ia o Espírito ao lado do médium, dirigindo sua mão, ou lhe transmitindo o seu pensamento por uma corrente fluídica.

- Quando a mesa se destaca do solo e flutua no espaço sem ponto de apoio, o Espírito não a ergue com a força do braço, mas a envolve e a penetra com uma espécie de atmosfera fluídica que neutraliza o efeito da gravitação, como o ar o faz para os balões e os papagaios de papel. O Fluido do qual está penetrada lhe dá, momentaneamente, uma leveza específica maior. Quando ela está pregada ao solo, está num caso análogo ao da campana pneumática sob a qual se faz o vácuo.
Estas não são senão comparações para mostrar a analogia dos efeitos, e não a similitude absoluta das causas.
Compreende-se, depois disso, que não é mais difícil ao Espírito erguer uma pessoa do que ergue uma mesa, de transportar um objeto de um lugar para outro ou de lançá-lo em qualquer parte, esses fenômenos se produzem pela mesma lei.
Quando a mesa persegue alguém, não é o Espírito que passeia, porque ele pode permanecer tranqüilamente no mesmo lugar, mas é que lhe dá impulso por uma corrente fluídica com a ajuda da qual a faz mover-se à sua vontade.
Quando os golpes se fazem ouvir na mesa ou fora dela, o Espírito não bate com a sua mão, nem com um objeto qualquer; dirige sobre o ponto de onde parte o ruído, um jato de fluido que produz o efeito de um choque elétrico. Ele modifica o ruído, como se podem modificar os sons produzidos pelo ar.

(continua amanhã)

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