quinta-feira, 2 de abril de 2009

HISTÓRICO DO ESPIRITISMO

HISTÓRICO DO ESPIRITISMO

COMO MORAL: ele é essencialmente cristão, porque a que ele ensina não é senão o desenvolvimento e a aplicação da do CRISTO, a mais pura de todas e cuja superioridade não é contestada por ninguém, prova evidente de que ela está na lei de DEUS; ora, a moral é para o uso de todo o mundo.

O Espiritismo, sendo independente de toda forma de culto, não prescreve nenhum deles, e não se ocupa de dogmas particulares, não é uma religião especial, porque não tem nem seus sacerdotes e nem seus templos. Aqueles que lhe perguntam se fazem bem seguir tal ou tal prática, ele responde: Se credes vossa consciência induzida a fazê-lo, fazei-o: DEUS tem sempre em conta a intenção. Em uma palavra, ele não se impõe a ninguém; não se dirige àqueles que têm a fé, e a quem esta fé basta, mas à numerosa categoria dos incertos e dos incrédulos; ele não os arrebata da igreja, uma vez que dela estão separados moralmente no todo ou em parte; é-lhes necessário fazer três quartas partes do caminho para nela entrarem; cabe a ela fazer o resto.

O Espiritismo combate, é verdade, certas crenças tais como a eternidade das penas, o fogo material do inferno, a personalidade do diabo, etc.; mas não é certo que essas crenças, impostas como absolutas, em todos os tempos fizeram incrédulos e o fazem todos os dias? Se o Espiritismo, dando a esses dogmas e da alguns outros, uma interpretação racional, conduz à fé aqueles que dela desertaram, na presta serviço à religião? Também um venerável eclesiástico dizia a esse respeito: “O Espiritismo faz crer em alguma coisa; ora, é melhor crer em alguma coisa que nada crer de tudo.”

Os Espíritos, não sendo outros que as almas, não se pode negar os Espíritos sem negar a alma. Admitindo-se a alma, ou os Espíritos, a questão, reduzida à sua mais simples expressão, é esta: As almas daqueles que morreram podem se comunicar com os vivos? O Espiritismo prova a afirmativa por fatos materiais; que prova se pode dar de que isso não seja possível? Se isso for, todas as negações do mundo não impedirão que isso seja, porque não é nem um sistema, nem uma teoria, mas uma lei da Natureza; ora, contras as leis da Natureza, a vontade do homem é impotente; é necessário, por bem ou por mal, aceitar-lhes as conseqüências, e a elas conformar suas crenças e seus hábitos.

F I M

(Trecho extraído do livro O QUE É O ESPIRITISMO de Allan Kardec

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