terça-feira, 17 de março de 2009

O PODER DA PRECE

PRECES GERAIS
ORAÇÃO DOMINICAL DESENVOLVIDA
5ª PARTE

VI. Não nos abandoneis à tentação, mas livrai-nos do mal (1)

Dai-nos, SENHOR, a força de resistir ás sugestões dos maus Espíritos que tentam nos desviar do caminho do bem, em nos inspirando maus pensamentos.
Mas somos, nós mesmos, Espíritos imperfeitos, encarnados sobre esta Terra para expiar e nos melhorarmos. A causa primeira do mal está em nós, e os maus Espíritos não fazem senão aproveitar nossas tendências viciosas, nas quais nos mantêm , para nos tentar.
Cada imperfeição é uma porta aberta à sua influência, ao passo que nada podem , e renunciam a toda tentativa, contra os seres perfeitos. Tudo o que poderíamos fazer para os afastar é inútil se não lhes opusermos uma vontade inabalável no bem, e uma renuncia absoluta ao mal. É, pois, contra nós mesmos que é preciso dirigir nossos esforços, e então os maus Espíritos se afastarão naturalmente, porque é o mal que os atrai, enquanto que o bem os repele.
SENHOR, sustentai-nos em nossa fraqueza; inspirai-nos, pela voz dos nossos anjos guardiãs e dos bons Espíritos, a vontade de nos corrigir em nossas imperfeições, a fim de fechar, as Espíritos impuros, o acesso à nossa alma.
O mal não é vossa obra, SENHOR, porque a fonte de todo bem não pode nada engendrar de mau; nós mesmos o criamos infringindo vossas leis, e pelo mau uso que fazemos da liberdade que nos concedestes. Quando os homens observarem vossas leis, o mal desaparecerá da Terra, como já desapareceu dos mundos mais avançados.
O mal não é uma necessidade fatal para ninguém, e não parece irresistível senão aqueles que a ele se abandonam com satisfação. Se tivermos a vontade de fazê-lo, podemos ter também a de fazer o bem; por isso, oh meu DEUS, pedimos vossa assistência e a dos bons Espíritos para resistirmos à tentação.

VII. Assim seja.

Praza a vós, SENHOR, que nossos desejos se cumpram! Mas nos inclinamos diante da vossa sabedoria infinita. Sobre todas as coisas que não nos é dado compreender, que seja feito segundo vossa santa vontade, e não segundo a nossa, porque não quereis senão nosso bem, e sabeis melhor do que nós o que nos é útil.
Nós vos dirigimos esta prece, meu DEUS, por nós mesmos; nós vo-la dirigimos também por toda as almas sofredoras , encarnadas e desencarnadas, por nossos amigos e nossos inimigos, por todos aqueles que reclamam nossa assistência, e em particular por (nome de alguém que sabemos que passa por grande dificuldade).
Pedimos para todos a vossa misericórdia e a vossa benção.

(1) Certas traduções trazem: Não nos induzais em tentação (et ne nos induças in tentationem); essa expressão daria a entender que a tentação vem de DEUS, que ele compele voluntariamente os homens al mal, pensamento blasfematório que assemelharia DEUS a Satã, e não pode ter sido o de JESUS. Ela está, de resto, conforme a Doutrina vulgar sobre o papel dos demônios (Ver O Céu e o Inferno, cap. X, os Demônios).


(Trecho extraído do livro Coletânea de Preces Espíritas) –
Allan Kardec).

Nenhum comentário: