quarta-feira, 25 de março de 2009

O HOMEM DEPOIS DA MORTE

O HOMEM DEPOIS DA MORTE
Parte VI

Além das penas espirituais, há penas e provas materiais que o Espírito, que não está depurado, suporta nas novas encarnações, onde é colocado numa posição para suportar o que fez os outros suportarem: ser humilhado, se foi orgulhoso; miserável, se foi mau rico; infeliz por seu filho, se foi mau filho, etc. A Terra , como dissemos, é um lugar de exílio e de expiação, um purgatório, para os Espíritos dessa natureza, e no qual depende de cada um não retornar, melhorando-se bastante para merecer ir a um mundo melhor.

- A prece é útil para as Almas sofredoras?

A prece é recomendada por todos os bons Espíritos: por outro lado, ela é pedida pelos Espíritos imperfeitos como um meio de aliviar seus sofrimentos. A alma pela qual se ora experimenta alívio, porque é um testemunho de interesse e o infeliz e sempre aliviado quando encontra corações caridosos que se compadecem de suas dores. Por outro lado, ainda pela prece, estimula-se ao arrependimento e ao desejo de fazer o que é preciso para ser feliz; é nesse sentido que se pode abreviar a sua pena se, por sua vez, ela secunda pela sua vontade.

- Em que consistem os gozos das almas felizes? Elas ficam em eterna contemplação?

A justiça quer que a recompensa seja proporcional ao mérito, como a punição à gravidade das faltas; há, portanto, graus infinitos nos gozos da alma, desde o instante em que ela entra no caminho do bem, até que atinja a perfeição.
A felicidade dos bons Espíritos consiste em conhecer todas as coisas, não ter nem ódio, nem ciúme, nem inveja, nem ambição, nem alguma das paixões que fazem a infelicidade dos homens. O amor que as une é, para elas, a fonte de uma suprema felicidade. Elas não experimentam nem as necessidades, nem os sofrimentos, nem as angústias da vida material. Um estado de contemplação perpétua seria uma felicidade estúpida e monótona, própria do egoísta, uma vez que sua existência seria uma inutilidade sem limites. A vida espiritual, ao contrário, é uma atividade incessante pelas missões que os Espíritos recebem do ser supremo, como sendo seus agentes no governo do Universo; missões que são proporcionais ao seu adiantamento e das quais são felizes, porque lhes fornecem ocasiões de se tornarem úteis e de fazerem o bem.

NOTA: convidamos os adversários do Espiritismo e aqueles que não admitem a reencarnação, a darem aos problemas acima uma solução mais lógica, por qualquer outro princípio que o da pluralidade das existências.

FIM

(Trecho extraído do livro “O QUE É O ESPIRITISMO” de Allan
Kardec)

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