sábado, 21 de março de 2009

O HOMEM DEPOIS DA MORTE

O HOMEM DEPOIS DA MORTE
2ª Parte

- A alma que deixou o corpo, vê DEUS?

As faculdades perceptivas da alma são proporcionais à sua depuração; não é dado senão às almas de elite gozar da presença de Deus.

- Se DEUS está por toda parte, porque todos os Espíritos não podem vê-lo?

DEUS está por toda parte porque Ele irradia por toda parte, e pode-se dizer que o Universo está mergulhado na divindade, como nós estamos mergulhados na luz solar. Mas os Espíritos atrasados são rodeados de uma espécie de neblina que o oculta aos seus olhos, e não se dissipa senão à medida que eles se depuram e se desmaterializam. Os Espíritos inferiores são, pela vista, com relação à DEUS, o que os encarnados são com relação aos Espíritos: verdadeiros cegos.

- Depois da morte, a alma tem consciência de sua individualidade? Como a constata e como podemos constatá-la?

Se as almas não tivessem mais individualidade depois da morte, seria para elas, e para nós, como se não existissem, e as conseqüências morais seriam exatamente as mesmas. Elas não teriam nenhum caráter distintivo, e a do criminoso estaria no mesmo plano da do homem de bem, do que resultaria que não se teria nenhum interesse em fazer o bem.
A individualidade da alma foi posta a descoberto de uma maneira, por assim dizer, material, nas manifestações espíritas, pela linguagem e as qualidades próprias de cada uma; uma vez que elas pensam e agem de uma maneira diferente, que umas são boas e outras más, umas sábias e outras ignorantes, umas querem o que as outras não querem, isso é uma prova evidente de que elas não estão confundidas num todo homogêneo, sem falar das provas patentes que nos dão de terem animado tal ou tal individuo sobre a Terra. Graças ao Espiritismo experimental, a individualidade da alma não é mais uma coisa vaga, porém um resultado da observação.
A própria alma constata sua individualidade, porque tem pensamento e vontade próprios, distintos das outras; ela a constata, ainda, pelo seu envoltório fluídico ou perispírito, espécie de corpo limitado que faz dela um ser a parte.

NOTA: Certas pessoas crêem fugir à censura de materialismo admitindo um principio inteligente universal do qual observemos uma parte ao nascer, o que constitui a alma, para devolvê-la depois da morte à massa comum onde ela se confunde como as gotas d’água no Oceano. Esse sistema, espécie de transação, não merece o nome de espiritualismo, porque é tão desesperador quanto o materialismo; o reservatório comum do todo universo equivaleria ao nada, uma vez que aí não haveria mais individualidades.

(Continua amanhã)

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