terça-feira, 31 de março de 2009

HISTÓRICO DO ESPIRITISMO

HISTÓRICO DO ESPIRITISMO
Sexta Parte

O Espiritismo, todavia, não é uma descoberta moderna; os fatos e os princípios sobre os quais repousam, pedem-se na noite dos tempos, porque se lhes encontram os traços nas crenças de todos os povos, em todas religiões, na maioria dos escritos sagrados e profanos; somente os fatos, incompletamente observados, freqüentemente foram interpretados segundo as idéias supersticiosas da ignorância, e não lhes foram deduzidas todas as conseqüências.

Com efeito, o Espiritismo está fundado sobre a existência de Espíritos, mas os Espíritos, não sendo outros que as almas dos homens, desde que há homens há Espíritos; o Espiritismo não os descobriu, nem os inventou. Se as Almas ou Espíritos podem se manifestar aos vivos, é porque isso está na Natureza, e desde então devem fazê-lo de todos os tempos; também de todos os tempos, e pop toda parte, encontram-se as provas dessas manifestações, que são muitas, sobretudo nos relatos bíblicos.

O que é moderno é a explicação lógica dos fatos, o conhecimento mais completo da natureza dos Espíritos, de seu papel e de seu modo de ação, a revelação de nosso estado futuro, enfim sua constituição de corpo, de ciência e de doutrina e suas diversas aplicações. Os Antigos conheciam o princípio, os Modernos conhecem os detalhes. Na antigüidade, o estudo desses fenômenos era o privilégio de certas castas, que os revelavam senão aos iniciados nos seus mistérios; na idade média, aqueles que deles se ocupavam ostensivamente eram olhados como feiticeiros e queimados; mas hoje não há mistérios para ninguém, não se queima mais ninguém, tudo se passa à luz do dia, e todo mundo está em condições de se esclarecer e de praticar, porque os médiuns se encontram por toda parte.

A própria doutrina que os Espíritos ensinam hoje, nada tem de nova; se a encontra, por fragmentos, na maioria dos filósofos da Índia, do Egito e da Grécia, e toda inteira no ensinamento de CRISTO. Que vem, pois, fazer o Espiritismo? Ele vem confirmar por novos testemunhos, demonstrar por fatos, verdades desconhecidas ou mal compreendidas, restabelecer, em seu verdadeiro sentido, aqueles que foram mal interpretadas.

O Espiritismo nada ensina de novo, é verdade; mas é nada provar, de maneira patente, irrecusável, a existência da alma, sua sobrevivência ao corpo, sua individualidade depois da morte, sua imortalidade, as penas e as recompensas? Quantas pessoas crêem nessas coisas, mas nela crêem com vago preconceito de incerteza, e se dizem eu seu foro intimo: “Se, todavia, isso não o for!” Quantos foram conduzidos à incredulidade porque se lhes apresentou o futuro sob um aspecto que sua razão não podia admitir! Não é, pois, nada para o crente vacilante poder dizer-se “Agora estou seguro!” Para o cego rever a luz!

(continua amanhã)

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