quinta-feira, 26 de março de 2009

HISTÓRICO DO ESPIRITISMO

O ESPIRITISMO
EM SUA MAIS SIMPLES EXPRESSÃO
HISTÓRICO DO ESPIRITSMO
Primeira Parte

Por volta de 1848, a atenção foi chamada, nos Estados Unidos da América, sobre diversos fenômenos estranhos e consistentes em ruídos, pancadas e movimento de objetos sem causa conhecida. Esses fenômenos, freqüentemente, ocorriam espontaneamente, com uma intensidade e uma persistência singulares; mas notou-se também que eles se produziam mais particularmente sob influência de certas pessoas, que se designou sob o nome de médiuns, e que podiam, de alguma sorte, provocá-los à vontade, o que permite repetir as experiências. Serviu-se, sobretudo, para isso de mesas; não que esse objeto seja mais favorável do que um outro, mas unicamente porque é o móvel mais cômodo, e que se senta, mais facilmente e mais naturalmente, ao redor de uma mesa que ao redor de qualquer outro móvel. Obteve-se, dessa maneira, a rotação da mesa, depois movimentos em todos os sentidos, sobressaltos, tombamentos, erguimentos, pancadas com violência, etc. E o fenômeno que foi designado no principio, sob o nome de mesas girantes ou dança das mesas.
Até aí o fenômeno podia perfeitamente se explicar por uma corrente elétrica ou magnética, ou pela ação de um fluido desconhecido, e essa foi mesmo a opinião que se formou a respeito. Mas não tardou a se reconhecer, nesses fenômenos, efeitos inteligentes; assim, o movimento obedecia à vontade; a mesa se dirigia à direita ou à esquerda para uma pessoa designada, e se dirigia ao comando, sobre um ou dois pés, batendo o número de pancadas pedidas, batia o compasso, etc. Desde então ficou evidente que a causa não era puramente física, e segundo esse axioma que se todo efeito tem uma causa, todo efeito inteligente deve ter uma causa inteligente, concluiu-se que a causa desse fenômeno deveria ser uma inteligência.

- Qual era a natureza dessa inteligência?

Ai estava à questão. O primeiro pensamento foi que isso poderia ser um reflexo da inteligência do médium ou dos assistentes, mas a experiência logo lhe demonstrou a impossibilidade, porque obtinham-se coisas completamente fora do pensamento e dos conhecimentos das pessoas presentes, e mesmo em contradição com suas idéias, sua vontade e seu desejo; ele não podia , pois, pertencer senão a um ser invisível. O meu para disso se assegurar era muito simples: tratava=se de entrar em conversação, o que se fez por meio de um número de golpes convencionados significando sim ou não, ou designando as letras do alfabeto, e se teve, dessa maneira, respostas às mais diversas perguntas que se lhe dirigia. E o fenômeno que foi designado sob o nome de Mesas Falantes. Todos os seres que se comunicaram desse modo, interrogados sobre a sua natureza, declararam ser Espíritos e pertencerem a um mundo invisível. Tendo os mesmos efeitos se produzido num grande número de localidades, por intermédio de pessoas diferentes, e sendo, aliás, observado por homens muito sérios e muito esclarecidos, não era possível que se fosse joguete de uma ilusão.

(continua amanhã)


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