sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

O PODER DA ORAÇÃO

O PODER DA ORAÇÃO
4ª Parte
AÇÃO DA PRECE. TRANSMISSÃO DO PENSAMENTO

A prece é uma invocação; por ela um ser se coloca em comunicação mental com outro ser ao qual se dirige. Ela pode ter por objetivo um pedido, um agradecimento ou uma glorificação. Pode-se orar por si mesmo ou por outrem, pelos vivos ou pelos mortos. As preces dirigidas a DEUS são ouvidas pelos Espíritos encarregados da execução das suas vontades; aquelas que são dirigidas aos bons Espíritos são levadas a DEUS. Quando se ora a outros seres, senão, a DEUS, é apenas na qualidade de intermediários, intercessores, porque nada se pode fazer sem a vontade de DEUS, e o nosso merecimento.

O Espiritismo faz compreender a ação da prece explicando o modo de transmissão do pensamento, seja quando o ser chamado vem ao nosso apelo, seja quando nosso pensamento o alcança. Para se inteirar do que se passa nessa circunstancia, é preciso mentalizar todos os seres encarnados e desencarnados, mergulhados no fluido universal que ocupa o espaço como o somos, neste mundo, na atmosfera. Esse fluido recebe um impulso da vontade; é o veículo do pensamento como o ar é o veículo do som, com a diferença de que as vibrações do ar são circunscritas, enquanto que as do fluido universal se estendem ao infinito. Portanto, quando o pensamento é dirigido a um ser qualquer, sobre a Terra ou no espaço, de encarnado a desencarnado, ou de desencarnado a encarnado, estabelece-se uma corrente fluídica de uma para outro, transmitindo o pensamento, como o ar transmite o som.

A energia da corrente está em razão do vigor do pensamento e da vontade. Por isso, a prece é ouvida pelos Espíritos, em qualquer lugar que eles se encontrem. Os Espíritos se comunicam entre si, nos transmitem suas inspirações, os intercâmbios se estabelecem à distância entre os encarnados.

Esta explicação é, sobretudo, para aqueles que não compreendem a utilidade da prece puramente mística, e não tem por objetivo materializar a prece, mas tornar seu efeito inteligível que pode ter uma ação direta e efetiva. Ela, por isso, não fica menos subordinada à vontade de DEUS, juiz supremo em todas as coisas, único que pode tornar sua ação efetiva.

(Continua amanhã)

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