quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

O PODER DA ORAÇÃO

O PODER DA ORAÇÃO
3ª Parte

Tomamos um exemplo: Um homem está perdido no deserto e sofre sede horrível; sente-se desfalecer e se deixa caie no chão. Roga, então, a DEUS para o assistir e espera; mas, nenhum anjo vem lhe trazer o que beber. Entretanto, um bom Espírito lhe sugere o pensamento de se levantar, seguir uma das veredas que se apresentam à sua frente; então, por um movimento maquinal, reúne suas forças, levanta-se e caminha ao acaso. Chega a uma elevação e descobre, ao longe, um riacho; diante disso, encoraja-se. Se tem fé, exclamará: “Obrigado, meu DEUS, pelo pensamento que me haveis inspirado, e pela força que me haveis dado”. Se não tem fé, dirá: “Que pensamento bom eu tive! Que chance eu tive tomando a vereda da direita, ao invés da esquerda; o acaso, algumas vezes, nos serve verdadeiramente bem! Quanto me felicito pela minha coragem e por não ter me deixado abater”.

Mas, dir-se-á, por que o bom Espírito não lhe disse claramente: “Siga esta vereda e ao fim dela encontrará o que necessitas?” “Por que não se mostrou a ele para o guiar e sustentar no seu desfalecimento?” Dessa maneira ficaria convencido da intervenção da Providência. Foi, primeiro, para lhe ensinar que é preciso ajudar a si mesmo e fazer uso das suas próprias forças. Além disso, pela incerteza, DEUS coloca à prova sua confiança e submissão à sua vontade. Esse homem estava na situação de uma criança que cai e que percebendo alguém, grita a espera que a venha levantar; se não vê ninguém, esforça-se e se levanta por si mesma.

Se o anjo que acompanhou Tobias lhe tivesse dito: “Eu sou enviado por DEUS para te guiar em tua viagem e te preservar de todo perigo”. Tobias não teria tido mérito algum; confiante no seu acompanhante, não teria mesmo necessidade de pensar; por isso, o anjo não se fez reconhecer senão no regresso.
(Continua amanhã)

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