quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

NOTÍCIAS DE CHICO XAVIER -Desencarnado

ENTREVISTA COM O MÉDIUM
Resenha Espírita – Setembro/2003

Ariston, há quanto tempo você é médium?
- Desde sempre, porém trabalho nessa área há trinta anos.

É verdade que você tem recebido mensagens de Chico Xavier?
- Ele tem, de fato, se comunicado pela minha mediunidade.

Desde quando?
- Quatro dias depois de sua desencarnação. Aliás, cinco dias antes de sua partida, ele esteve conosco e deixou um aviso.

Pode nos dizer com detalhes o que realmente aconteceu?
- Na noite de terça feira que antecedeu o dia trinta de junho de 2002, ele compareceu em espírito ao nosso trabalho de passes no Monte Alverne, aqui em Brasília, e se despediu dizendo que estaria nos próximos dias retornando ao Plano Espiritual. No domingo imediato chegou-nos a notícia esperada. Passado algum tempo, ou seja, dia quatro de julho, quinta à noite, reunimo-nos para fazer preces em favor do tão querido amigo. Estavam presentes apenas oito companheiros do nosso Grupo. Houve uma incorporação sem comunicação.

- O médium Antonio Emidio viu o espírito. A presença dele durou cerca de trinta minutos. Usando linguagem ilustrativa, eu diria que servi de “esponja” ao espírito recém desencarnado.

- Absorvi suas últimas sensações de tristeza e dor.

- foi exatamente naquele momento que ele se libertou da doença nos olhos e da angina de peito.

Você se considera capaz de se comunicar com o Espírito de Chico Xavier?
- Eu não me comunico com ele: ele, sim, é que quis usar minha mediunidade psicofônica para trazer notícias.

No seu conceito, quem é Chico?
- Para mim é um amigo.
O que garante que se trata de Chico Xavier?
- Uma lucidez mediúnica alcançada através dos anos com perseverança no trabalho e nos estudos. Aliás, se DEUS, sendo a Inteligência Suprema do Universo, manifesta-se até mesmo numa singela plantinha dentro de uma gruta distante, porque o Espírito amigo de Chico Xavier não poderia se comunicar através de um de nós?

Alguma semelhança entre vocês?
- Chico é uma alma pura: eu, porém, me considero pessoa comum em constante luta para vencer as inclinações negativas.

Você conviveu com ele?
- Não houve convívio, propriamente. Eu o visitei muitas vezes e assim tornamo-nos amigos.

Houve troca de confidências?
- Sim! Sem que eu jamais deixasse de me considerar pequenino perante a grandeza do seu coração.

O que Chico Xavier pensa dele mesmo hoje?
- Segundo determinada mensagem, alguém que tentou fazer aquilo que JESUS recomendou. Ele está muito feliz.

Esse intercâmbio lhe trouxe alguma mudança?
- sim. Mudamos no campo da consciência. Passei a pensar mais antes de agir.

Como você reage às críticas?
- Eu já vinha sendo preparado para esse momento. Não reajo. Continuo tranqüilo com minha consciência.

Qual a sua relação com o filho adotivo de Chico?
- Respeitosa e fraterna. Euripedes Higino talvez tenha sido um dos seus melhores amigos.

Chico pretende escrever livros por seu intermédio?
- Não sei. Não posso nem mesmo dizer se ele dará continuidade a esse intercâmbio. O Espírito é livre.

Que acha dos médiuns da atualidade?
- Estou atento ao que se passa comigo. Cada um responde pelo que faz ou deixa de fazer. O compromisso mediúnico envolve transparência e fidelidade.

E quanto à literatura espírita?
- Poderia estar melhor. A quantidade e o imediatismo têm prejudicado a qualidade.

Chico conversa com você freqüentemente?
- Não. Sua presença está condicionada ao trabalho beneficente do qual faço parte. Nada pessoal.

Você está feliz?
- Como sempre. Essa é minha natureza mesmo nos momentos de fogo cruzado.

Dizem que ele teria deixado com duas ou três pessoas um determinado código?
- Onze anos antes de sua desencarnação, estivemos, Isa (minha esposa) e eu, visitando-o em sua casa. Foram duas horas de descontração e alegria. No momento da despedida ele nos confidenciou uma palavra código e falou do que poderia ocorrer futuramente. Foi muito bom termos ficado com essa segurança, embora eu possa afirmar que a minha convicção quanto ao referido reencontro é inabalável, mesmo que ele não tivesse deixado nenhum sinal.

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