segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

UMA REALEZA TERRESTRE

Quem melhor do que eu poderá compreender a verdade destas palavras de Nosso Senhor. Meu reino não é deste mundo? O orgulho me perdeu sobre a Terra. Quem, pois, compreenderia a insignificância dos reinos deste mundo, se eu não compreendesse? Que carreguei comigo da minha realeza terrestre? Nada, absolutamente nada. E como para tornar a lição mais terrível, ela me seguiu até o túmulo! Rainha eu fui entre os homens, rainha eu acreditava entrar no reino dos céus. Que desilusão! Que humilhação, quando, em lugar de ser ali recebida como soberana, vi acima de mim, mas bem acima, homens que eu acreditava bem pequenos e que desprezei porque não era de um sangue nobre. Oh! Então eu compreendi a esterilidade das honras e das grandezas que se procura com tanta avidez sobre a Terra!

Para se preparar um lugar neste reino, é preciso a abnegação, a humildade, a caridade em toda a sua prática celeste, a benevolências para com todos. Não se vos pergunta o que fostes, que posição ocupastes, mas o bem que haveis feito, as lágrimas que enxugastes.

Oh! JESUS! disseste que teu reino não era deste mundo, porque é preciso sofrer para alcançar o céu. E os degraus do trono não nos aproximam dele. São os caminhos mais penosos que a ele conduzem. Procurai, pois, seu caminho através das sarças e dos espinhos, e não entre as flores.

Os homens correm atrás dos bens terrestres, como se os devessem guardar para sempre. Mas aqui não há mais ilusões. Eles se apercebem logo de que não agarraram senão uma sombra, e negligenciaram os únicos bens sólidos e duráveis, os únicos que lhes são de proveito na morada celeste, os únicos que podem a elas lhes dar acesso.

Tende piedade daqueles que não ganharam o reino dos céus. Ajudai-os com as vossas preces, porque a prece aproxima o homem do Altíssimo, é o traço de união entre o céu e a Terra. Não o esqueçais. (Uma Rainha da França)

(Trecho extraído do Evangelho Segundo o Espiritismo)

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