quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

OBEDIÊNCIA E RESIGNAÇÃO

A Doutrina de JESUS ensina, em toda parte, a obediência e a resignação, duas virtudes companheiras da doçura, muito ativas, embora os homens as confundam erradamente com a negação do sentimento e da vontade. A obediência é o consentimento da razão, a resignação é o consentimento do coração; ambas são forças ativas porque carregam o fardo das provas que a revolta insensata deixa cair. O frouxo não poder ser resignado, assim como o orgulhoso e o egoísta não podem ser obedientes. JESUS foi a encarnação destas virtudes desprezadas pela Antigüidade material. ELE veio no momento em que a sociedade romana perecia nos desfalecimentos da corrupção; veio fazer luzir, no seio da Humanidade abatida, os triunfos do sacrifício e da renuncia carnal.

Cada época está, assim, marcada com o selo da virtude ou do vicio que a deve salvar ou perder. A virtude da vossa geração é a atividade intelectual; seu vicio é a indiferença moral. Eu digo somente atividade, porque o gênio se eleva de repente e descobre sozinho os horizontes que a multidão não verá senão depois dele, ao passo que a atividade é a reunião dos esforços de todos para atingir um fim menos grandioso, mas que prova a elevação intelectual de uma época. Submetei ao impulso que viemos dar aos seus espíritos; obedeçam à grande lei do progresso, que é a palavra da vossa geração. Ai do espírito preguiçoso, daquele que fecha seu entendimento! Infeliz! Porque nós que somos os guias da Humanidade em marcha, o atingiremos com o chicote e forçaremos sua vontade rebelde no duplo esforço do freio e da espora; toda resistência orgulhosa deverá ceder, cedo ou tarde; mas bem-aventurados os que são brandos, porque prestarão dócil ouvido aos ensinamentos. (LÁZARO)

(Trecho extraído do Evangelho Segundo o Espiritismo)

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